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Ligado a um projeto acadêmico meu, recentemente estive debruçado sobre o Livro do Êxodo e inúmeros comentários sobre ele. O segundo livro mais famoso do Antigo Testamento está preocupado principalmente com a maneira como Deus molda seu povo para que eles possam se tornar um farol radiante, uma cidade situada em uma colina. Na leitura bíblica, Israel é de fato escolhido, mas nunca é escolhido para seu próprio bem, mas sim para todas as nações do mundo.
Eu diria que essa formação ocorre em três etapas principais: primeiro, Deus ensina Israel a confiar em seu poder; em segundo lugar, Ele dá a Israel uma lei; e, em terceiro lugar, Ele instrui seu povo em santidade através do louvor correto. A lição de confiança acontece, é claro, através do grande ato de libertação de Deus. Escravos, totalmente impotentes, encontram liberdade, não confiando em seus próprios recursos, mas sim na graciosa intervenção de Deus. A lei ocorre através dos Dez Mandamentos. Finalmente, a formação em santidade acontece através de uma submissão a um elaborado conjunto de leis litúrgicas e cerimoniais. É este último movimento que talvez nos pareça mais peculiar, mas isso tem, argumentarei, uma ressonância particular em nosso estranho período COVID.
Que a educação na religião envolve instrução moral provavelmente parece evidente para a maioria de nós. E isso é porque nós somos, sem querer, kantinianos. No século XVIII, o filósofo Immanuel Kant afirmou que toda a religião é redutível à ética. O que a coisa religiosa é finalmente, Kant argumentou, está nos tornando mais justos, amorosos, gentis e compassivos. Na linguagem contemporânea, o kantianismo na religião soa assim: “Se você é uma boa pessoa, não importa no que você acredita ou como você adora.”
Agora, não há dúvida de que o livro de Êxodo e a Bíblia em geral concordam que a moralidade é essencial para a formação adequada do povo de Deus. Aqueles que procuram seguir o Senhor, que é justiça e amor, devem estar conformados com a justiça e o amor. E é, precisamente por isso, que encontramos, na Grande Aliança do Sinai, injunções para não roubar, não cometer adultério, não cobiçar, não matar, etc. Até agora, tudo kantiniano.
Mas o que provavelmente surpreende a maioria dos leitores contemporâneos do livro de Êxodo é que, imediatamente após a colocação dos mandamentos morais, o autor gasta praticamente o resto do texto, capítulos 25 a 40, delineando as prescrições litúrgicas que as pessoas devem seguir. Assim, por exemplo, encontramos uma longa seção sobre a construção da Arca da Aliança: “Eles farão uma arca de madeira de acácia; deve ser dois côvados e meio de comprimento, um côvado e meio de largura, e um côvado e meio de altura. Você deve cobri-lo com ouro puro, dentro e fora você deve sobrepor-lo. E como um ornamento no topo da arca, “Você fará dois querubins de ouro… Faça um querubim de um lado, e um querubim no outro… O querubim deve espalhar suas asas acima, cobrindo o propiciatório”. Em seguida, encontramos instruções sobre os móveis elaborados dentro do tabernáculo, incluindo um suporte de lâmpada, uma mesa para o chamado “pão da presença”, pilares e cortinas. Finalmente, uma enorme quantidade de espaço é dada à descrição das vestes a serem usadas pelos sacerdotes de Israel. Aqui está apenas uma amostragem: “Estas são as vestes que eles devem fazer: uma peça de peito, um éfado, um roupão, uma túnica quadrigrafa, um turbante e uma faixa. Quando eles fazem essas vestes sagradas… Eles devem usar fios de ouro, azul, roxo e vermelho, e linho fino.
Nenhuma indicação é dada de que as prescrições morais são de alguma forma mais importantes do que as prescrições litúrgicas. Em todo caso, o contrário parece ser o caso, uma vez que Êxodo é seguido imediatamente pelo livro de Levítico, que consiste em vinte e oito capítulos da lei dietética e litúrgica. Então, o que nós, pós-kantianos, devemos concluir disso? Primeiro, devemos observar que os autores bíblicos não pensam por um momento que Deus de alguma forma requer retidão litúrgica, como se a correção de nossa adoração adicionasse qualquer coisa à sua perfeição ou satisfizesse alguma necessidade psicológica sua. Se você tiver alguma dúvida sobre isto, eu recomendaria uma leitura cuidadosa do primeiro capítulo do profeta Isaías e do Salmo 50. Deus não precisa da arca e do tabernáculo e vestimentas sacerdotais e adoração regular, mas nós precisamos. Através dos gestos e símbolos de seu louvor litúrgico, Israel é colocado em linha com Deus, ordenado a Ele. Os mandamentos direcionam nossas vontades para a bondade divina, mas a lei litúrgica direciona nossas mentes, nossos corações, nossas emoções, e sim, até mesmo nossos corpos ao esplendor divino. Observe como as instruções cerimoniais do Êxodo envolvem cor, som e cheiro (há muito sobre incenso), e como elas se movem para a produção de beleza.
Eu disse acima que a ênfase do Êxodo na Liturgia e no cerimonial tem uma profunda relevância para o nosso tempo, e aqui está o porquê. Por razões muito boas, nos abstivemos completamente da adoração pública, e mesmo agora nossa capacidade de adorar juntos é muito limitada. Na maioria das dioceses do nosso país, a obrigação de participar da Missa dominical é, novamente por razões válidas, suspensa. Meu medo é que quando o momento propício chegar, quando formos novamente capazes de retornar à Missa, muitos católicos ficarão longe, já que se acostumaram a se ausentar da adoração. E minha preocupação toma uma forma mais especificamente kantiana: muitos católicos dirão a si mesmos: “Você sabe, enquanto eu sou basicamente uma boa pessoa, qual é o ponto de toda essa adoração formal a Deus?”
Eu poderia recomendar que você pegue sua Bíblia, abra no Livro de Êxodo, especialmente os capítulos 25 a 40, e considere o quão crucialmente importante para Deus é a adoração correta oferecida por seu povo santo. A Liturgia sempre importou. A Missa — envolvendo vestimentas, gestos rituais, cheiros e sinos, música e silêncio — ainda importa, é um grande momento. Não é suficiente que você seja uma boa pessoa? Para ser bem claro: não.
Bishop Robert Barron
O vício em pornografia o levou a odiar a sexualidade e a Deus, mas uma noite tudo mudou. Descubra a jornada salvífica de Simon Carrington sobre deixando a pornografia Fui muito abençoado por ser criado em um lar católico como o terceiro nascido entre seis crianças. Meu pai era um grande líder espiritual. Ele liderava a oração noturna em casa e recitava o Rosário todas as noites antes de irmos para a cama. Íamos à paróquia de Santa Margarida Mary, Merrylands aos domingos, servindo no altar e no coro. Então, no geral, Deus foi central na minha vida. ANSEIO POR MAIS Quando eu tinha 15 anos, minha avó faleceu. Eu realmente sentia falta dela e chorava todas as noites por meses. A profunda solidão e a dor que se estabeleceram me levou a buscar algo que me faria sentir amado. Foi quando comecei a procurar pornografia. Quanto mais eu assistia, mais eu desejava. Lentamente, minha fé começou a enfraquecer. Na escola, eu ainda estava me divertindo, praticando esportes, e indo à Igreja. Externamente eu estava fazendo tudo certo como parte da rotina - indo à Missa, rezando o Rosário etc, mas por dentro, minha fé estava morrendo. Meu coração estava em outro lugar porque eu estava vivendo em pecado. Embora eu fosse para a Confissão, era mais por medo do Inferno do que por amor a Deus. AFASTANDO-SE Em uma visita a um amigo da família, descobri um estoque de revistas pornôs ao lado do banheiro. Nunca esqueci da primeira revista que peguei e de a ter folheado toda. Foi a primeira pornografia real, física e tangível que eu já tinha visto. Senti tantas emoções quando folheava — excitação era a resposta para o vazio que eu sentia, mas também profunda vergonha. Esta parecia ser o "alimento" que satisfaria a dor no meu coração por amor. Eu saí do banheiro uma pessoa diferente naquele dia. Foi então que eu subconscientemente virei as costas para Deus. Escolhi pornografia e uma vida de impureza em vez Dele. Depois dessa experiência, comecei a comprar revistas pornô. Como eu ia à academia todos os dias, eu encontrei uma rachadura na parede lá para armazenar todas essas revistas pornô. Toda vez que eu ia à academia, eu começava e terminava a sessão indo para o estoque de revistas e folheava por 20 ou 30 minutos. Isso se tornou minha vida por anos. Fiquei tão obcecado com pornografia que quase perdi meu emprego fazendo pausas no banheiro a cada hora para ver pornografia. Ela tomou cada momento livre que eu tinha. FRIO COMO PEDRA Tentei ouvir diferentes palestrantes católicos e ler livros sobre castidade e sexualidade. Percebi que todos afirmavam que a sexualidade era um presente de Deus, mas não conseguia entender isso. A única coisa que a sexualidade me trouxe foi dor e vazio. Para mim, minha sexualidade era a coisa mais distante de um presente de Deus. Era uma besta que estava me arrastando para o inferno! Comecei a odiar minha sexualidade e odiar a Deus. Tornou-se um veneno no meu coração. Quando minha família rezava o Rosário, eu não podia dizer uma Santa Maria. Eu quase nunca estive em estado de graça. Fui à Missa por meses sem receber a Eucaristia. Mesmo que eu fosse para a confissão depois da Missa, eu nunca poderia durar até o dia seguinte. Não havia amor em meu coração. Quando minha mãe me abraçava eu ficava tenso como uma pedra. Eu não sabia como receber amor e afeto. Por fora, eu sempre fui amigável e feliz, mas por dentro eu estava vazio e morto. Lembro-me de entrar no meu quarto um dia depois de ver pornografia e vi o crucifixo na minha parede. Em um momento de raiva eu disse a Jesus na Cruz: "Como você espera que eu acredite que a sexualidade é um presente seu? Está me causando tanta dor e vazio. Você é um mentiroso! Subi na minha cama, peguei o crucifixo da parede e esmagei-o sobre meu joelho. Olhando para o crucifixo esmagado eu disse com raiva: "Eu te odeio! Você é um mentiroso”. Então joguei o crucifixo na minha lixeira. FIQUEI DE QUEIXO CAIDO Então um dia, mamãe me disse para ir a uma conversa sobre castidade com Jason Evert com meu irmão mais velho. Eu disse a ela educadamente que eu não queria ir, mas obrigado mesmo assim. Quando ela me perguntou de novo, eu disse: "Mãe, o amor não é real. Eu não acredito no amor! Minha mãe simplesmente disse: "Você vai!" Naquela noite eu fui relutantemente. Lembro-me de ter ficado espantado com a forma como Jason falou naquela noite. Uma linha mudou minha vida. Ele disse: "Pornografia é a maneira mais segura de destruir seu futuro casamento." Assim que ele disse isso, percebi que se não mudasse meus modos, estaria prejudicando a mulher com quem casaria porque não saberia como tratá-la corretamente. Todos os desejos que eu tive para o casamento ressurgiram em mim. Eu realmente queria amor e casamento mais do que qualquer coisa, mas eu tinha enterrado esse desejo com o pecado sexual. Tive a chance de falar com Jason pessoalmente e o conselho que ele me deu mudou minha vida. Ele disse: "Olha, há amor em seu coração e há todas essas tentações para luxúria. O que você escolher para alimentar mais vai ficar mais forte e eventualmente dominar o outro. Até agora você tem alimentado a luxúria mais do que o amor, é hora de começar a alimentar o amor." Eu sabia que Deus tinha me tocado naquela noite, e eu decidi que eu precisava de uma confissão. Eu agendei um padre para a confissão e avisei-o que seria longa! Fiz uma confissão geral que levou cerca de uma hora e meia. Confessei todos os pecados sexuais que pude lembrar, os nomes das estrelas pornôs que assistia, o número de vezes, a quantidade de horas e por quantos anos. Eu me senti como um novo homem saindo da confissão naquela noite. UMA BELA DESCOBERTA Aí começou a terceira etapa de mudança na minha vida. Embora eu ainda lutasse com esses pecados de impureza sexual, eu estava em uma luta constante. Pouco a pouco, pude experimentar maior liberdade do pecado sexual, e senti Deus me chamando para começar a realmente aprender qual era o seu plano para a sexualidade humana, e começar a compartilhá-lo com os outros. Encontrei palestrantes que explicaram a "Teologia do Corpo" de São João Paulo e no decorrer da leitura fiquei impressionado com esse pensamento poderoso: meu corpo e todos os outros corpos são um sacramento de Deus. Percebi que era a imagem de Deus e todas as mulheres também. Quando comecei a ver cada pessoa através desta lente como um sacramento vivo de Deus, tornou-se muito mais difícil para mim usá-los sexualmente. Se alguma vez eu fosse cobiçar alguém especialmente através da masturbação e pornografia, eu teria que desumanizá-lo em minha mente e no meu coração. Armado com essa nova forma de ver a mim e a outras mulheres, fui capacitado pelas graças recebidas da Missa diária e da confissão regular para fazer uma grande transformação. Comecei a olhar para cada mulher não por prazer sexual, mas verdadeiramente como um belo sacramento de Deus. Eu estava tão em chamas com esta nova mensagem que eu queria compartilhá-la com todos que eu pudesse. Naquela época eu estava trabalhando como preparador físico em uma academia, mas senti que Deus estava me chamando para sair desse ambiente e servi-lo mais diretamente. Eu não tinha certeza para onde eu estava indo, mas as portas começaram a se abrir. Entrei no ministério da juventude e comecei a trabalhar para a Parousia Media, embalando e postando recursos religiosos. Enquanto trabalhava, ouvia falar de fé o dia todo, aprendendo minha fé de uma maneira poderosa. Comecei a falar como ministro da juventude para estudantes do ensino médio quase todos os fins de semana, e me apaixonei por evangelização. AMOR COMO NUNCA ANTES Um dia, uma senhora procurou alguém que pudesse falar com alguns jovens sobre castidade, e especialmente pornografia. Do nada, eu disse a ela que faria isso. Eu compartilhei meu testemunho naquela noite, e a resposta foi muito encorajadora. De boca a boca, mais e mais pessoas vieram me conhecer e minha história e convites para falar começaram a aparecer. Nos últimos 10 anos, dei mais de 600 palestras a mais de 30.000 pessoas sobre a virtude da castidade, do namoro puro e da Teologia do Corpo. Através deste ministério, conheci minha esposa, Madeleine, e fomos abençoados com três filhos. Deus nos levou a uma jornada juntos para lançar o Fire Up Ministries, com a missão de convidar cada pessoa a experimentar o amor que sempre sonhou! Nesta altura da minha vida, sou abençoado por experimentar um nível de liberdade sexual que nunca tive antes. Sempre que agradeço a Deus onde estou agora, lembro-me dos dias em que eu estava realmente lutando nesta área. Houve momentos em que senti que não havia luz no fim do túnel e gritei a Deus: "A pureza é possível?" Parecia impossível, e eu pensei que estava condenado a viver assim para sempre. Mas embora houvesse manchas escuras na minha vida que eu pensei que nunca passaria, Deus nunca deixou de me amar. Ele trabalhou comigo paciente e gentilmente. Ainda estou nessa jornada, e Deus ainda está me curando todos os dias. "Ele teve alguns momentos realmente sombrios carregando a Cruz do pecado sexual, mas quando ele a levou a Cristo e entregou-a a Ele — Cristo foi capaz de libertá-lo. Simon teve um verdadeiro encontro com a misericórdia e experimentou uma cura profunda em Cristo. Foi a partir dessa misericórdia e cura que ele foi capaz de trazer a alegria, o amor , e acima de tudo, aquela esperança para os outros que estão em lutas semelhantes com a sexualidade. Ao ver Simon ministrar a tantas pessoas, estou constantemente admirada com a forma como ele irradia o amor de Cristo para elas." — Madeleine Carrington (esposa de Simon)
Por: Shalom Tidings
MaisAntes de voar para longe de sua vida monótona para outra história romântica de vampiros, considere isso... Como tal, você pode imaginar que eu gosto muito de romance. Muitos de nós gostamos. Eu também sou solteira. Não sendo um goblin horrível (nenhuma garota é), eu poderia arrumar um namorado com bastante facilidade. A questão é: quais são os meus padrões? Sou uma soldada de Cristo e disposta a lutar para defender a verdade. Uma parte importante desta verdade é o casamento cristão e a sexualidade. Este tópico é desprezado pela sociedade em geral, daí a minha falta de companhia masculina. Se vou namorar, meu requisito mínimo é respeitar minha fé e meus limites. Isso é difícil de encontrar, mas não estou baixando meus padrões. Eu vou te dizer por quê. VERDADE CHOCANTE! Perdoe minha franqueza. Garotas da minha idade são transformadas em entretenimento de fácil acesso para qualquer homem com olhos. Em nome do empoderamento, as mulheres são instruídas a “se vestir como quiserem”. Tradução: vista-se do jeito que aqueles caras assustadores na rua gostam. A virgindade é um segredo vergonhoso. Qualquer um que ouse sugerir um senso do sagrado em torno das mulheres, casamento ou sexo são misóginos malignos. Pobres mulheres, escravizadas pelo respeito próprio e pela segurança. Uma ferramenta útil para transformar mulheres em mercadorias, produtos ou escravas é a ficção para jovens adultos. Toda vez que abro um livro, vejo isso: “McKayla é apenas uma garota comum e simples com pele e cabelo impecáveis. Exceto que ela tem um passado sombrio e misterioso. ~inserir estereótipo. Pais maus ou negligentes são preferíveis.~ Então ela conhece... Brad. Ele é escuro, taciturno e incrivelmente atraente (é claro). O que acontecerá e a misteriosa conexão deles vencerá contra todas as probabilidades?!” Em seguida, você pode assistir McKayla descrever Brad em detalhes agonizantes a cada três páginas. Ela inevitavelmente se mistura com ele. Ele é um assassino, um vampiro, ou de preferência ambos. McKayla é atraída para um relacionamento perigoso. Cultos de vampiros são encorajados. Brad vai atacá-la, pressioná-la e tentar uma sedução. Ele passará por períodos de crueldade, tratamento silencioso e possessividade, intercalados com declarações apaixonadas sobre seu amor por ela. Por causa dessa paixão, nossa heroína cortará com prazer todas as influências saudáveis em sua vida, seguindo seu “verdadeiro amor” como um cordeiro para o matadouro. Algo sobre isso parece um pouco estranho, não é? Não? Sou só eu que acho que é uma romantização do abuso? Infelizmente, não estou exagerando ou brincando. Aqui está uma paráfrase de uma página aleatória de um romance adolescente que eu peguei: “Eu não conseguia esquecer que ele tentou me apunhalar com uma faca dez minutos atrás, mas eu não conseguia tirar os olhos do quão atraente Jason parecia naquele jeans branco. Seu cabelo estava... seus músculos estavam...” Etc., etc., etc., outro olhar desconfortavelmente detalhado de nossa querida tentativa de assassinato.Comecei o próximo livro no inicio. A primeira página era da perspectiva de um vampiro prostituto masculino. Uma garota vem e lhe dá dinheiro. Ela descobre a garganta para ele morder. Ele começa a esfregar as coxas dela e finge gemer de excitação. Fecho o livro. Finalmente, em um romance muito popular, o protagonista masculino invade a casa da garota e a observa dormir. Ah, que romântico! SEM COMPROMISSO Livros como este preparam as jovens para serem escravas e ferramentas de homens maus. Nada é mais triste do que uma jovem ficar com um homem que a maltrata porque ele a “ama”. Ela acha que pode mudá-lo, ou pior, não vê nada de errado. De certa forma, esses homens realmente são vampiros. Eles vão drenar uma garota de seu auto-respeito, sua virgindade e qualquer outra coisa que eles a convençam a desembolsar. Eles deixam suas vítimas sugadas no pó. Onde isso começa? O que faz as mulheres acreditarem nas mentiras? O romantismo descarado e malvado ligado ao abuso, visto na mídia, nos filmes, na seção de adolescente da biblioteca pública mais inocente. Não há nenhuma lógica ruim nisso, apenas malícia. O casamento e a sexualidade são criados por Deus e construídos sobre o amor. O amor é construído sobre respeito, auto-sacrifício e honestidade. O casamento é uma união de iguais, não uma relação predador-presa. Aqui vai uma dica: isso deve ser óbvio. Ainda não está convencido dos danos que essa atitude causa? Bem, sem ressentimentos. Quero dizer, sou apenas uma adolescente vendo isso acontecer. A quem podemos perguntar sobre isso? Ei, e a mãe e a avó? Elas são bastante experientes... oh espere. Todo mundo sabe que ninguém nascido antes dos anos 2000 pode ter algo útil a dizer sobre este (ou qualquer outro) assunto. É claro que os jovens de hoje sabem que não devem honrar seu pai e sua mãe. Foi mal. Pronto, chega de reclamar. Isso não deve ser todos os problemas e nenhuma solução. Ainda podemos avançar na direção certa. O mundo pode estar escuro, mas felizmente para nós, a luz de Cristo é mais fácil de ver no escuro de qualquer maneira. Nós, como cristãos, precisamos lutar pelo conceito de amor verdadeiro. Ainda existe. Meus pais mostram. Quando você ver um casal de oitenta anos ainda de mãos dadas, lembre-se. Quando você for a um casamento, lembre-se. Quando você ver um casal escolhendo filhos em vez de riqueza, lembre-se. E ei, garotas como eu – adolescentes cristãs que simplesmente não conseguem encontrar um parceiro que respeite você! Não desista. Não se contente com um cara sombrio e taciturno que vai te sugar. Procure o amor verdadeiro, por mais brega que possa parecer. É real. Temos todos os domingos na Eucaristia. Nós merecemos esse respeito próprio. Merecemos um parceiro disposto a honrar a Cristo e ver Cristo em nós. Vai valer a pena. E pare de ler esses romances de vampiros.
Por: Faustina Cotter
MaisPERGUNTA: É verdade que Jesus Cristo é o único caminho para a salvação? E quanto a todos aqueles que não acreditam Nele, como alguns dos meus familiares? Eles podem ser salvos? RESPONDA: De fato, Jesus faz algumas afirmações acentuadas sobre quem Ele é. Ele diz que Ele é “O CAMINHO, A VERDADE, A VIDA”—não apenas um caminho entre muitos ou um caminho para a vida. Ele continua dizendo que “ninguém vem ao Pai senão por Mim”. (João 14:6). Como cristãos, cremos que somente Jesus Cristo é o Salvador do mundo. Qualquer um que é salvo encontra a salvação em e por meio de Jesus – Sua morte e ressurreição, que tirou os pecados do mundo e nos reconciliou com o Pai; e pela nossa fé Nele, que nos permite acessar Seus méritos e misericórdia. A salvação é somente por meio de Jesus – não Buda, nem Maomé, nem qualquer outro grande líder espiritual. Mas isso significa que apenas os cristãos vão para o céu? Isso depende se alguém ouviu ou não o Evangelho. Se alguém nunca ouviu o Nome de Jesus, então ele pode ser salvo, pois Deus colocou em cada coração humano um “capax Dei” (uma capacidade para Deus) e uma lei natural (o senso inato de certo e errado escrito em nossos corações ). Alguém que nunca ouviu o Evangelho pregado não é culpado por sua ignorância de Jesus, e buscando a Deus da melhor maneira possível e seguindo a lei natural, pode ser concedida a graça da salvação. Mas se alguém ouviu falar de Jesus e escolheu rejeitá-Lo, então eles escolheram rejeitar a salvação que Ele venceu para eles. Às vezes as pessoas escolhem não seguir Jesus porque sua família as rejeitaria, ou teriam que desistir de permanecer levando uma vida pecaminosa, ou seu orgulho não lhes permite reconhecer sua necessidade de um Salvador. Quão triste seria afastar-se da incrível graça de receber a salvação que Cristo deseja dar a cada um de nós! Com isso dito, reconhecemos que não podemos julgar a salvação de ninguém. Talvez alguém tenha ouvido o Evangelho, mas foi distorcido; talvez tudo o que saibam sobre Jesus venha dos Simpsons e do programa 'Saturday Night Live'; talvez se escandalizem com o mau comportamento dos cristãos e, portanto, sejam incapazes de aceitar a Cristo. Uma história famosa – se possivelmente apócrifa – de Gandhi fala da admiração do grande líder Hindu pelo Cristianismo. Ele adorava ler os Evangelhos e apreciava a sabedoria contida neles. Mas quando lhe perguntaram: “Por que você não se converte e se torna cristão, já que evidentemente acredita em Cristo?” ele respondeu notoriamente: “Ah, eu amo o seu Cristo, mas vocês, cristãos, são tão diferentes Dele!” Foi o pobre exemplo dos cristãos que impediu que este grande líder se tornasse um cristão! Então, para resumir a resposta: Deus, de maneiras conhecidas somente por Ele, pode salvar aqueles que nunca ouviram falar do Evangelho – ou talvez não o tenha ouvido ou vivido corretamente. No entanto, aqueles que ouviram o Evangelho, mas o rejeitaram, se afastaram da graça da salvação. Sabendo que as almas estão na balança, nós, que conhecemos o Senhor, recebemos a tarefa crítica da evangelização! Devemos rezar por nossos amigos e membros familiares, testemunhar a eles com nossa alegria e nosso amor, e sermos capazes de dar-lhes “razões da nossa esperança” (1 Pedro 3:15). Talvez nossas palavras ou nossas ações tragam uma alma das trevas para a luz salvadora da fé!
Por: PADRE JOSEPH GILL
MaisUma entrevista especial com o Dr. Thomas D. Jones, que participou de quatro separadas missões espaciais com a NASA. Em uma dessas missões, ele conseguiu levar a Eucaristia consigo! Conte-nos sobre como era estar no espaço olhando para as estrelas e para a Terra novamente. Como isso afetou sua fé em Jesus? Para realizar meu sonho profissional de voar no Espaço, que todo astronauta espera, tive que esperar quase 30 anos. Então meu primeiro voo foi a realização de um sonho de criança. Contemplar essa imensa visão do cosmos ao redor de nosso planeta me deu a chance de pensar por que eu estava lá. Foi uma experiência tão emocionante ver verdadeiramente a incrível beleza do universo e nosso planeta em toda a sua adorável variedade - realmente de tirar o fôlego. Eu me senti tão agradecido a Deus pela chance de estar lá fisicamente – radiante por Sua graça e Presença. Você é conhecido como um dos astronautas que conseguiu levar a Eucaristia ao espaço. Para todos nós que somos crentes, isso é tão inspirador. Você poderia compartilhar toda essa experiência? Com certeza foi incrível para todos nós que participamos. Não se pode ir a nenhum lugar tão remoto quanto o espaço e esquecer sua vida espiritual. É a fé que me ajudou a ter sucesso na Terra e esta é a mesma fé com a qual eu estava contando para me ajudar a ter sucesso no espaço. No meu primeiro voo em 1994, a bordo do ônibus espacial Endeavour, havia outros dois astronautas católicos. Quando nos reunimos para nos preparar para a missão de 11 dias, conversamos sobre como seria maravilhoso levar a Eucaristia conosco para o espaço. Então, como Kevin Chilton, nosso piloto no voo, era um extraordinário ministro da Sagrada Comunhão, conseguimos obter permissão de nosso pároco para levar o Santíssimo Sacramento conosco. Cada momento do voo de onze dias foi agendado com precisão, mas nosso comandante católico, Sid Gutierrez, conseguiu encontrar um local cerca de sete dias depois, quando estávamos confortáveis com o andamento da missão, para receber a comunhão por dez minutos. Então, naquele domingo - nosso segundo domingo no espaço - fizemos uma pausa em todos os negócios da missão para passar dez minutos sozinhos na cabine com o Deus que tornou tudo isso possível e compartilhar a Sagrada Comunhão com Ele. Na verdade, foi um reconhecimento de que nunca teríamos chegado a esse ponto sem a Sua presença entre nós. Foi realmente satisfatório trazer nossa vida de fé para o espaço e saber que Ele estava lá, fisicamente, conosco. Você já achou difícil unir Ciência e Fé? Você poderia elaborar sobre a relação entre ciência e fé? Ao longo da minha carreira profissional, conheci muitos cientistas que são espirituais e têm suas próprias práticas de fé. Bem aqui no norte da Virgínia, conheci vários cientistas e engenheiros católicos em minha própria igreja que compartilham uma sólida fé. Eles acreditam na criação de Deus e na inspiração bíblica de como entendemos o universo. Acho que a maioria das pessoas tem alguns elementos espirituais em suas vidas. Conheci astronautas que não são formalmente religiosos, mas todos se emocionam com a experiência espiritual das viagens espaciais. Então, descobri que a maioria das pessoas está aberta ao que o universo e o mundo ao nosso redor revelam em termos de como entendemos a Criação. Os cientistas são tão curiosos, como todos nós humanos, sobre a natureza do universo e o que podemos aprender sobre ela. Para mim, isso é um sinal de que ciência e espiritualidade andam de mãos dadas. Nossa curiosidade e interesse pela natureza e como ela funciona, como o universo é formado e como foi criado – essa curiosidade nos foi dada porque fomos feitos à semelhança de Deus. Isso é parte de Sua personalidade transmitida a nós. Então eu acho que essa busca pela verdade sobre o mundo natural faz parte da nossa natureza inata como seres humanos. Acredito que a busca pelo conhecimento é algo que dá muito prazer a Deus – ver as criaturas que Ele fez buscando os segredos de como Ele criou o universo. Veja bem, Ele não está tentando manter isso em segredo. Ele só quer que seja revelado por meio de nossos próprios esforços, simplicidade e curiosidade. Então, para mim, não há muito conflito entre Ciência, Natureza e Espiritualidade. Acho que as pessoas que tentam separá-los estão tentando dividir a natureza humana em uma metade racional e uma metade espiritual. Claro, isso não pode ser feito. Uma pessoa é um ser humano cuja natureza não pode ser separada. Em suas missões espaciais, você estava realizando, de muitas maneiras, o epítome da realização humana. Fazer algo realmente grande e ainda encontrar algo muito maior em magnitude - a glória e a majestade da criação de Deus... Como foi ter realizado tanto, enquanto ainda reconhece sua própria pequenez em comparação com Deus? Para mim, tudo se cristalizou na minha última missão. Eu estava ajudando a construir a estação espacial, fazendo três caminhadas espaciais para instalar um laboratório de ciências chamado Destiny. Perto do final da minha última caminhada espacial, eu estava bem na frente da estação espacial. Como eu estava adiantado em nosso horário de trabalho, o Controle de Missão da NASA me deixou ficar cerca de cinco minutos lá fora. Ao segurar na frente da estação espacial com a ponta dos dedos, consegui girar para poder ver a imensidão do espaço ao meu redor. Olhei para a Terra, 220 milhas diretamente abaixo de minhas botas para o azul profundo do Oceano Pacífico. Eu estava flutuando ali olhando para o horizonte – a mil milhas de distância – e então o infinito céu negro acima da minha cabeça. Cerca de 100 pés acima de mim, a estação espacial brilhava como ouro com a luz do sol refletida de seus painéis solares, enquanto girávamos silenciosamente ao redor do mundo juntos. Esta vista surpreendente era tão maravilhosa que me fez lacrimejar. Fiquei impressionado com o que senti: 'Aqui estou, um astronauta altamente treinado nesta estação espacial, cruzando a Terra, mas sou apenas um ser humano insignificante comparado a este vasto cosmos lá fora.' Deus abriu um pouco os meus olhos, deixando-me ver aquela vastidão magnífica de uma forma pessoal. Eu senti: “Sim, você é muito especial porque você conseguiu explorar este cenário”, mas me lembrei de como todos nós somos insignificantes no vasto universo que Deus criou. Sentir-se importante e ser humilhado ao mesmo tempo foi um presente de Deus. Isso literalmente me fez lacrimejar quando agradeci ao Senhor, emocionado por compartilhar essa vista com Ele. Pouquíssimos humanos tiveram a experiência e o privilégio de ver a Terra dessa perspectiva, e foi tudo graças a Ele. -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Há muita confusão no mundo agora... muita escuridão e sofrimento; mas quando você olha para o mundo a partir daquele ponto de vista único que você tinha no Espaço, ou agora em seu estado de vida atual, o que está lhe dando esperança? Acho que o que me inspira é que Deus nos deu mentes muito curiosas. Temos essa curiosidade inata e isso nos tornou solucionadores de problemas e exploradores. Então, mesmo com todos os desafios que enfrentamos hoje, seja uma pandemia, uma ameaça de guerra ou alimentar sete bilhões de pessoas em todo o mundo, temos as habilidades que nos foram dadas e somos chamados a colocá-las em bom uso para resolver esses problemas. Existe um universo vasto lá fora, cheio de recursos. Isso nos desafia, mas se olharmos além do nosso mundo para o sistema solar e o universo, há muitas coisas que podemos usar. Vastos recursos materiais na Lua e asteróides próximos podem complementar os que encontramos na Terra. Há um suprimento colossal de energia solar que pode ser colhida do espaço e enviada para o mundo para ajudar a fornecer a todos a energia e a eletricidade de que precisam para ter sucesso. Temos a capacidade de afastar asteroides invasores que muitas vezes atingem a Terra e, como temos habilidades espaciais e mentes para desenvolver uma maneira de defender nosso planeta, podemos evitar esses desastres naturais mais terríveis. Portanto, não temos que seguir o caminho dos dinossauros se usarmos as habilidades que adquirimos e colocar-nos à tarefa. Vivemos em um mundo que nos incentiva a usar nossa curiosidade e inteligência para resolver esses problemas. Portanto, estou muito otimista de que, aplicando nossas habilidades e a tecnologia que desenvolvemos, podemos ficar à frente de todos esses desafios. Veja a vacina que desenvolvemos ainda este ano para combater o vírus. Essa é uma marca do que podemos fazer quando colocamos nossas mentes em algo, seja colocar um homem na Lua ou enviar a primeira mulher a Marte. Acho que estamos em boa forma para o futuro também.
Por: Dr. Thomas D Jones
MaisP - Estou começando a me questionar se irei me casar algum dia. Não consigo encontrar um bom namorado que seja fiel a Cristo. Como posso encontrar um bom futuro cônjuge e como saberei se ele é “a pessoa certa”? R - Em meu trabalho com adolescentes e jovens adultos, acho que essa é uma luta comum: como encontrar um cônjuge bom e cheio de fé no mundo de hoje. Eu sempre rio, porque no meu grupo de jovens adultos todas as meninas reclamam comigo: "Não há bons rapazes com quem eu queira namorar!". Também os rapazes reclamam: "Não há boas garotas com quem eu queira namorar!". Às vezes eu sinto que deveria ser apenas o casamenteiro e colocá-los juntos! O melhor conselho sobre namoro que já ouvi foi de um padre que disse: "Comece a correr atrás de Jesus. Depois de correr atrás de Jesus por um tempo, olhe ao seu redor e veja quem está correndo junto com você. Essas são as pessoas que você deve namorar”. Em outras palavras, buscar a Cristo em primeiro lugar e buscar um cônjuge que também está buscando a Cristo em primeiro lugar. Mas onde você encontrará tal cônjuge? Geralmente não será num bar, mas muitas cidades têm maravilhosos grupos de jovens católicos onde você pode conhecer outras pessoas que estão buscando verdadeiramente a Cristo e estão seriamente tentando encontrar alguém para casar. Envolva-se, porque garanto que encontrará pessoas que estão discernindo sobre o casamento e que são parecidas com você. Se você não tem um grupo de jovens católicos próximo, você pode começar um ou pode procurar outros jovens adultos trabalhando voluntariamente na sua paróquia ou em outros locais de caridade. Provavelmente um jovem adulto que é voluntário tem suas prioridades na ordem certa! Os sites católicos de encontros online também podem ser lugares frutíferos para encontrar um cônjuge. Minha irmã conheceu o marido no site CatholicMatch.com, e conheço muitos outros jovens que tiveram um sucesso semelhante na internet. Quando estiver online, apenas seja honesta sobre quem você é e certifique-se de que você tem os mesmos valores que a outra pessoa (nem todos em sites católicos de namoro são verdadeiramente católicos, alguns podem ser mais católicos "culturalmente" do que católicos autênticos e sérios sobre buscar o Senhor). Uma boa relação exige que o casal compartilhe valores semelhantes (fé, dinheiro, filhos, família), que gostem de estar juntos, gostem de atividades parecidas e, é claro, que tenham atração um pelo outro. Se essas coisas estão presentes, e você sente a presença do Espírito Santo no relacionamento, então você deve saber que essa é “a pessoa certa”! Eu não acredito que Deus tenha criado apenas uma "alma gêmea" para cada um de nós; em vez disso, provavelmente há muitos indivíduos com quem alguém poderia ser compatível e feliz. Se você se sente tranquila na relação, se ela está centrada em Cristo, se vocês amam estar um com o outro e se suas personalidades e interesses combinam, então você provavelmente encontrou a pessoa que Deus está lhe chamando para casar! Deus não costuma colocar "sinais" que dizem: "Esta é a pessoa com quem você deve se casar!" Em vez disso, os sinais que Deus dá são a compatibilidade no seu relacionamento e o desejo de ajudar um ao outro a chegar ao Céu!
Por: PADRE JOSEPH GILL
MaisP – Entristece meu coração ver tanta divisão no mundo. Quer se tratem de divisões entre raças, animosidade política e até mesmo desavenças dentro da Igreja, parece não haver mais nada além de ódio, divisão e raiva em nossa cultura hoje. Como católico, como posso fazer minha parte para trazer cura ao nosso mundo que está tão dividido? R – Desde Caim e Abel, a divisão e o ódio têm sido os principais instrumentos do Maligno. Hoje, através das redes sociais e de questões que as pessoas consideram relevantes, acredito que estamos vivendo um momento sem precedentes de animosidade em nosso mundo. Mas nossa Fé Católica pode nos mostrar um caminho melhor! Primeiro, devemos lembrar a verdade fundamental de que cada ser humano é feito à imagem de Deus, inclusive nossos inimigos. Como Madre Teresa disse uma vez: "Esquecemos que pertencemos um ao outro." A pessoa de uma raça ou uma convicção política diferente, aquela pessoa com quem estamos discutindo no Facebook ou que está do lado oposto ao nosso no protesto, é um filho amado de Deus por quem Jesus morreu. É fácil para nós rotular as pessoas e rejeitá-las. Dizemos: "Oh, ele é tão ignorante por acreditar em X" ou "Ela é tão má por apoiar o candidato Y", mas isso não leva em consideração a grande dignidade que elas possuem. Nossos oponentes têm o potencial de se tornarem santos e são destinatários da misericórdia e do amor de Deus, assim como nós. Um dos grandes erros do mundo moderno é dizer que para amar uma pessoa nós devemos sempre concordar com ela. Isso é absolutamente falso! Podemos amar pessoas que têm convicções políticas, orientações sexuais e pontos de vista teológicos diferentes dos nossos. Na verdade, nós devemos amá-las. É muito mais importante ganhar uma alma para Cristo do que ganhar uma discussão, e a única maneira de ganhar uma alma é através do amor. Como o Papa São João Paulo II disse uma vez: "A única resposta adequada a um ser humano é o amor." O amor pelos nossos oponentes possui muitas formas. Tentamos fazer obras concretas de misericórdia por eles, por isso se os vemos com sede, porque eles estão protestando em um dia quente de verão, oferecemos-lhes água, mesmo que não concordemos com o que estão defendendo. Garantimos que nosso diálogo com eles seja respeitoso e se atenha às questões, em vez de se transformar em uma sessão de xingamentos (especialmente quando respondemos de forma on-line). Rezamos por eles: por sua conversão, por sua mais profunda cura, por sua santificação e por bênçãos materiais. Nós genuinamente procuramos entender sua posição, em vez de apenas descartá-la. Até mesmo as pessoas que acreditam em coisas errôneas possuem algum ponto em comum conosco. Procure esse ponto em comum, afirme-o e construa argumentos sobre ele para levá-las à verdade. E, às vezes, esse amor pode ser melhor mostrado oferecendo-lhes a verdade de Cristo de uma maneira amorosa. Além disso, devemos ser humildes o suficiente para reconhecer que às vezes somos nós que estamos errados e precisamos ser ensinados pelas percepções e experiências dos outros. Por fim, acho importante evitar sites e artigos de notícias que sejam propositalmente inflamados. Muitos meios de comunicação e sites de mídia social ganham a vida provocando indignação e raiva. Contudo, Deus deseja que os cristãos sejam cheios de paz e amor! Portanto, evite aqueles sites, artigos ou autores que simplesmente tentam provocar polêmicas para ganhar avaliações ou cliques no site. São Paulo nos dá uma boa advertência em Romanos 12: "A ninguém pagueis o mal com o mal. Na medida do possível e enquanto depender de vós, vivei em paz com todos. Se o seu inimigo estiver com fome, dá-lhe de comer; se estiver com sede, dá-lhe de beber. Agindo assim, estarás amontoando brasas sobre sua cabeça. Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal pelo bem." Somente a verdadeira caridade cristã, executada em palavras e ações, curará as divisões em nossa cultura e em nosso mundo.
Por: PADRE JOSEPH GILL
MaisQ. Essa crise do vírus me fez perceber o quão curta é minha vida, e agora estou começando a me preocupar – preocupar-me em adoecer e temer a morte. Como posso estar em paz sem saber se vou adoecer com o coronavírus? A. Todos os meios de comunicação falado da pandemia do coronavírus com frequencia. É difícil evitar a notícia dessa doença — ela está literalmente em toda parte. Até a Igreja teve que se envolver — todo o País ficou sem missas públicas por vários meses no início deste ano. Eu até vi uma igreja com desinfetante para as mãos nas fontes de Água Benta! Cautela é uma coisa, mas pânico é outra. Eu acho que muitas pessoas (e instituições!) entraram em um modo de pânico que não traduz a realidade, nem é útil em um momento como este. Aqui estão três coisas para lembrar, pois todos nós buscamos manter-nos saudáveis durante esta pandemia: Primeiro, não tenhas medo. Esta é uma das citações mais repetidos na Bíblia. Na verdade, diz-se que a frase "Não tenhas medo" aparece 365 vezes na Bíblia — uma para cada dia do ano, porque precisamos ouvi-la todos os dias. Por que não devemos ter medo? Porque Deus está no controle. Em nossa cultura racionalista e baseada na ciência, tendemos a esquecer isso — achamos que o destino da raça humana está em nossas mãos. Pelo contrário, Deus está no controle, e Sua vontade sempre prevalece. Se é Sua vontade que contraíamos esta doença, devemos entregar nossa vontade à Sua. Sim, tome medidas de precaução, mas em nossos corações não devemos esquecer que nossa vida está nas mãos Dele. Ele é o Bom Pai, que não abandona seus filhos, mas conduz tudo para o nosso bem. Sim, "todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus" - todas as coisas incluem o coronavírus. Segundo, como cristãos, devemos contar com o fato de que todos nós morreremos. Diz as Escrituras (Romanos 14:8) que "se vivemos, vivemos para o Senhor, e se morremos, morreremos para o Senhor; então, se vivemos ou morremos, somos do Senhor." Às vezes, pensamos que podemos evitar a morte para sempre, mas não podemos. Nossa vida não é nossa para que nos apeguemos – ela nos foi dada pelo Senhor, emprestada, e teremos que devolvê-la a Jesus de uma forma ou de outra. Que paz existe quando reconhecemos que um dia devolveremos esse presente ao Pai! Como o escritor cristão John Eldridge disse uma vez: "O homem mais poderoso do mundo é aquele que conta com sua própria morte." Em outras palavras, se você não teme a morte, então você é invencível. Da mesma forma, uma vez que os cristãos aceitam o fato de que sua vida não lhe pertence, que teremos que ir a Deus de uma forma ou de outra, isso nos liberta da necessidade de temer a morte. Isso nos liberta de nosso apego à vida, como se essa vida física fosse a coisa mais importante para proteger e preservar. Sim, a vida é um dom, e devemos nos esforçar muito para protegê-la. Mas o dom da vida não é absoluto — todos devemos devolver esse presente ao Senhor em algum momento. Seja coronavírus ou câncer, um acidente de carro ou velhice, todos nós iremos morrer. Os cristãos mantêm seu olhar fixo na eternidade, onde a vida nunca vai acabar. Finalmente, devemos lembrar de nossos deveres para com os doentes. Temos o dever de não abandonar os doentes — mesmo que sejam contagiosos. Como disse São Carlos Borromeo durante a peste de 1576: "Esteja pronto para abandonar esta vida mortal em vez das pessoas comprometidas com seus cuidados." Recentemente, celebramos o memorial de Santa Francisca de Roma, que viveu no início da década de 1440 durante um período de grande revolta social. Ela dedicou sua vida aos doentes. Ouça as palavras de um contemporâneo dela: Muitas doenças diferentes estavam sem controle em Roma. Doenças fatais e pragas estavam por toda parte, mas a santa ignorou o risco de contágio e mostrou a mais profunda bondade em relação aos pobres e necessitados. Ela os buscava em suas casas e em hospitais públicos, e refrescava sua sede, suavizava suas camas e cuidava de suas feridas. Quanto mais nojento e repugnante o cheiro, maior era o amor e o cuidado com que ela os tratava. Por trinta anos Francisca continuou este serviço para os doentes e desconhecidos... ("A Vida de Santa Francisca de Roma", de Maria Madalena Anguillaria). Nós também devemos procurar maneiras de cuidar das vítimas desta doença. Não os abandonemos! É nosso dever cristão, uma das Obras Corporais da Misericórdia. Tome precauções, é claro, mas se pegarmos o vírus de alguém infectado porque estamos servindo, é uma forma de martírio branco, amor em ação. E, finalmente, lembramos que tudo isso está nas mãos de Deus. Se for sua vontade que nos mantenhamos saudáveis, vamos agradecer por isso. Se é sua vontade que adoeçamos, então sofreremos por Ele. E se for sua vontade que morramos por causa desse vírus, nós colocamos nossas vidas nas mãos Dele. Então, sim, tome cuidado, fique em casa se estiver doente (você não está cometendo um pecado se perder a Missa por doença!), lave as mãos e tente se manter saudável. E deixe o resto com Deus.
Por: PADRE JOSEPH GILL
MaisÀs vezes, o que começa como um passatempo inofensivo pode levar sua vida a um abismo escuro! ENCONTRANDO MEU DESTINO Durante a maior parte da minha adolescência, lutei para confiar em Deus e dessa falta de confiança, decidi confiar a mim e o meu futuro nas mãos de poderes que prometiam prosperidade, amor e felicidade. Comecei a seguir as crenças da Nova Era e logo me vi envolvido com cartas de tarô, médiuns, horóscopos e magia. No começo, essas coisas pareciam divertidas e excitantes. Por causa das práticas da Nova Era, senti que não estava mais andando às cegas - eu claramente vi o caminho do meu destino e recebi orientação útil para minha vida. Acreditei nas cartas e os médiuns me conheciam. Eles entenderam o que estava acontecendo na minha vida pessoal, coisas que eu não tinha compartilhado com ninguém, e por causa disso, eu acreditei neles com toda a minha alma. Logo, o que começou como um hobby aparentemente inofensivo tornou-se uma obsessão e me afastou de Deus. ALÉM DA OBSESSÃO Eu estava constantemente consultando minhas cartas de tarô, desesperada para encontrar respostas para os problemas da minha vida. Eu adorava falsos ídolos, deuses e deusas, implorando por ajuda que nunca veio. Comecei a procurar feitiços que deveriam me ajudar a sair de situações desconfortáveis ou melhorar minha vida. Felizmente, "procurar" foi o mais longe que cheguei, mas cheguei muito perto de realmente lançar feitiços. Se não fosse pela sensação de culpa que senti enquanto pesquisava bruxaria, provavelmente teria ido em frente com isso. Olhando para trás, acredito que foi a graça de Deus me afastando de algo que teria me levado a um caminho ainda mais sombrio. Minha obsessão impactou minha fé drasticamente. Embora eu tivesse crescido na Igreja Católica, eu não me considerava assim. Senti que as crenças da Nova Era ecoavam forte em mim, mais que qualquer outra coisa. Disse aos meus amigos e familiares que não tinha certeza se acreditava mais em um Deus. Afinal, se Deus existia, por que eu parecia tão sem esperança e perdida? Por que Deus fez milagres para os outros, mas não para mim? Eu nunca me vi voltando à Fé Católica, não depois de toda a "verdade" que eu tinha aprendido sobre "iluminação". Pensei que os cristãos eram os cegos, aqueles que não podiam ver a verdade bem na frente deles, enquanto eu podia ver além das mentiras e enganos do mundo. Não sabia que a cega era eu, que estava andando pela vida sozinha. Estava desesperada por orientação e pensei que as crenças da Nova Era me dariam algo para ter esperança. VOLTE PARA MIM Durante semanas, minhas cartas de tarô me davam mensagens mistas. Eles não faziam mais sentido, nem se aplicavam ao que eu estava pedindo a elas. Eu me senti sem esperança, frustrada. Minhas cartas de tarô eram minha única garantia que as coisas ficariam bem, mas até elas pararam de funcionar. Era como se tudo estivesse dando voltas, e eu não tinha mais controle sobre minha vida. Mas foi só isso! Eu estava tão obcecada com o controle, que quando o perdi, me senti fraca e vulnerável. Logo percebi que Deus quer que sejamos vulneráveis para que possamos aprender a entregar todo o controle e colocar totalmente nossa fé Nele. No final, foi Jesus quem me salvou e me devolveu a verdade que eu estava procurando há tanto tempo. Eu sei que a vida não nos pertence; não cabe a nós direcionar nossos passos (Jeremias 10:23). Comecei a ouvir Deus sussurrando em meu coração que era hora de confiar Nele. Abri a porta para o Senhor, e Ele não hesitou em entrar. Depois de anos gritando para ninguém em particular, recebi uma inspiração de Deus em vez de minhas cartas. Deus me conduziu à natureza, um lugar onde me senti em paz, e me envolveu com um abraço amoroso. Olhei para o céu e Ele falou comigo, escondido nas nuvens naquela tarde. Ouvi Sua voz, que me disse: "Volte para mim". Fui envolvida por um amor que jamais havia sentido em toda minha vida. "Que teu coração deposite toda a sua confiança no Senhor! Não te firmes em tua própria sabedoria! Sejam quais forem os teus caminhos, pensa Nele, e Ele aplainará tuas veredas." (Provérbios 3, 5-6) Só levei um dia para deixar a luz do Espírito Santo preencher os espaços que eu tinha deixado no escuro por vários anos. Esta é a beleza do poder de cura de Deus, para iluminar até mesmo as almas mais fracas! Ainda assim, eu sabia que tinha que mostrar ao Senhor que realmente queria experimentar Sua graça. Naquela noite, no meu quarto, derramei tudo em Deus. Disse a Ele que sentia muito por ter me afastado tanto e me arrependia de todos os pecados que tinha cometido. Disse-Lhe ainda, que de agora em diante, confiaria a Ele a minha vida. Coloquei meu destino nas mãos do Senhor e desisti das crenças da Nova Era. Caí nos braços de um Deus que me amava como sua filha. Uma vez que senti o conforto de descansar nos braços misericordiosos de Deus, comecei a ver a fé católica como algo em que podia confiar com todo o meu coração, e não sentia mais vontade de dirigir meu próprio destino. Eu não fico mais obcecada com respostas; agora confio no plano do Senhor para mim. "Submetam-se, portanto, a Deus. Resista ao diabo, e ele fugirá de você" (Tiago 4:7).
Por: Ashley Fernandes
MaisWuhan, na China, não só é notável por ser o epicentro da atual pandemia do Covid-19. É também o local do martírio do primeiro santo canonizado da China, que morreu asfixiado enquanto estava pendurado em uma cruz em Wuhan. Muitos missionários viajaram para a China no século 19 sabendo que nunca voltariam. Entre eles estava Pe. Jean-Gabriel Perboyre, missionário vicentino da França. Numa carta que escreveu durante a sua viagem à China, disse: “Não sei o que me espera no caminho que se abre diante de mim - sem dúvida a cruz, que é o pão de cada dia do missionário. O que podemos esperar de melhor, indo pregar um Deus crucificado? " Ele logo se juntou aos vicentinos ajudando a resgatar crianças chinesas abandonadas e a educá-las na Fé Católica. Ele foi preso em 1839 sob um decreto que proibia o Cristianismo. Torturado e interrogado por meses, em 1840 ele foi finalmente amarrado a uma cruz de madeira e sufocado até a morte. Foi beatificado em 1899 pelo Papa Leão XIII. Santa Teresa de Lisieux tinha uma devoção especial por Pe. Perboyre e manteve um cartão sagrado dedicado a ele em seu livro de orações pessoal. São João Gabriel foi canonizado pelo Papa João Paulo II em 1996. Entre os tormentos sofridos por São Perboyre estavam espancamentos na parte inferior das costas e ajoelhar-se sobre vidros quebrados. Mas este homem santo morreu porque pendurado em uma cruz tornava impossível para ele respirar. Como é apropriado buscar a intercessão por aqueles que sofrem de Covid-19 de alguém que passou por algumas das agonias associadas à doença. Aqui está uma oração escrita por São João Gabriel Perboyre pouco antes de sua morte: "Ó meu Divino Salvador, Transforme-me em vós mesmo. Faze que eu possa viver, mas em Vós, por Vós e para Vós, Para que possa dizer com verdade, como São Paulo, "'Eu vivo – mas, não sou eu que vivo, é Cristo quem vive em mim.'"
Por: Shalom Tidings
MaisQual é o seu programa favorito? Isso realmente te atrai? Maratona assistindo TV, um passatempo que hoje está confortavelmente no topo da nossa lista de atividades. A única parte cansativa é escolher o programa perfeito em meio à infinidade de opções em várias plataformas de streaming. Ultrapasse esse obstáculo e, em seguida, um único clique em "Play" leva-nos para mundos fora do nosso, longe de nossos cuidados diários. Quando fui afetada pelo primeiro lockdown da pandemia, meu marido e eu encontramos um programa que marcou nossas vidas. Ágil e com um grande enredo, a série era emocionante o suficiente para encher os fins de semana. Não foi difícil ver como o programa tinha conseguido uma enorme número de fãs, juntamente com altas audiências por parte dos críticos. À medida que avançamos ao longo do programa, no entanto, notamos uma tendência perturbadora no enredo. A prática da Fé Católica foi dissecada e distorcida e tornou-se a atividade principalmente dos vilões, não dos mocinhos. Parecia que a intenção implícita era transmitir essa deturpação maliciosa pouco a pouco, à medida que os espectadores ficavam mais absorvido. Tais tentativas de fazer os espectadores questionarem sua crença em um poder superior nem sempre são óbvias. Alguns conteúdos podem tentar nos dessensibilizar lentamente para o mais básico dos vícios. Uma comédia popular que comecei a assistir parecia tratar crimes com muito humor. Outro show de tendências centrado no desejo humano de viver para sempre através de um avatar virtual, uma alternativa ao fim percebido pela morte. Felizmente, também temos essas criações que continuam nos inspirando e nos motivando — super-heróis, histórias de amor, vitórias triunfantes contra todas as probabilidades, lutas corajosas pela paz e muito mais. Não é incrível quanto impacto pode ser causado pela tela da TV? Fiquei feliz em encontrar um desses programas recentemente, porém descobri que não havia atraído espectadores suficientes para ser desenvolvido mais adiante. Não é a primeira vez que isso ocorre com programas dessa natureza. Talvez mostre que infringir a norma gera melhores resultados de receita. Um bom e antigo filme de rom-com ou família é algo que raramente recomendamos ao discutir nossas últimas descobertas de streaming. Assistir conteúdo instigante pode ter seus benefícios, mas as dúvidas que eles desencadeiam em torno de nossas crenças fundamentais podem ir por dois caminhos. Ou tiramos de nossas experiências de vida e ensinamentos cristãos para ficar mais firmes em nossa fé, ou podemos ser atraídos para conteúdo ainda mais questionável que intensifica nossas novas dúvidas. Este último pode ser bastante perigoso no que diz respeito aos jovens. Basta um personagem atraente e aparentemente inteligente que, em nome da consciência social, fala através de diálogo casual que ridiculariza a religião. Isso pode confundir mentes jovens que valorizam a responsabilidade social e podem ser feitas para se perguntar se a Igreja compartilha esses valores. Então, como estamos cientes de tudo o que está ao nosso redor sem deixar nada abalar nosso interior? Como tiramos apenas o bem do que vemos e descartamos o mal? Rezemos ao nosso Senhor pelo dom do discernimento. Sendo conscientes de que não temos que nos acostumar com o que sentimos depois de assistir algo. Convidar os membros da família a compartilhar opiniões na mesa de jantar pode levar a uma compreensão mais saudável do que apoia os valores cristãos e o que não o faz. Se algo não acontecer, vamos estar cientes e tomar as medidas apropriadas. E enquanto continuamos desfrutando da criatividade que a indústria do entretenimento tem a oferecer, vamos também nos concentrar e desfrutar do conhecimento sublime encontrado nas páginas de nossa Bíblia, o amor inclusivo de nosso Pai, o herói final Jesus, os superpoderes dos santos e as maravilhas do Reino eterno. Vamos ajudar uns aos outros a perceber como é incrível conhecer um Deus que nos ama, morreu por nós, e quer que fiquemos com Ele para sempre. E não deixe nada atrapalhar essa fé. “Portanto, também nós, uma vez que estamos rodeados por tão grande nuvem de testemunhas, livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve, e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta, tendo os olhos fitos em Jesus, autor e consumador da nossa fé. Ele, pela alegria que lhe fora proposta, suportou a cruz, desprezando a vergonha, e assentou-se à direita do trono de Deus." (Hebreus 12: 1-2).
Por: Michelle Harold
MaisAos seis anos de idade, uma menina decidiu que não gostava das palavras "prisão" e "enforcado". Mal sabia ela que, aos 36 anos, estaria a caminhar com prisioneiros do corredor da morte Em 1981, o assassínio de duas crianças foi uma chocante notícia de primeira página em Singapura e em todo o mundo. A investigação resultou na detenção de Adrian Lim, que era um médium que tinha abusado sexualmente, extorquido e controlado uma série de clientes, fazendo-os acreditar que tinha poderes sobrenaturais e torturando-os com "terapia" de eletrochoques. Uma delas, Catarina, tinha sido uma aluna minha que tinha ido ter com ele para se tratar de uma depressão após a morte da avó. Ele tinha-a prostituído e abusado dos seus irmãos. Quando soube que ela tinha sido acusada de participar nos assassínios, enviei-lhe uma carta e uma bela imagem do Sagrado Coração de Jesus. Seis meses depois, ela escreveu-me a perguntar: "Como é que tu podes amar-me enquanto eu fiz coisas tão más?" Durante os sete anos seguintes, visitei a Catarina semanalmente na prisão. Depois de rezarmos alguns meses juntos, ela queria pedir perdão a Deus e a todas as pessoas que tinha magoado. Depois de ter confessado os seus pecados, sentiu uma paz tão grande que parecia uma pessoa diferente. Quando testemunhei a sua conversão, não cabia em mim de alegria, mas o meu ministério junto dos prisioneiros estava apenas a começar! Retrospetiva Cresci no seio de uma família católica amorosa com 10 filhos. Todas as manhãs, íamos todos juntos à missa e a minha mãe recompensava-nos com o pequeno-almoço num café perto da igreja. Mas, passado algum tempo, a missa deixou de ser um alimento para o corpo e passou a ser apenas um alimento para a alma. O meu amor pela Eucaristia deve ter nascido nas missas matinais com a minha família, onde foi lançada a semente da minha vocação. O meu pai amava-nos com um amor especial, dava-nos de correr alegremente para os seus braços quando regressava do trabalho. Durante a guerra, quando tivemos de fugir à Singapura, ele ensinava-nos em casa. Todas as manhãs, ele ensinava-nos fonéticas e pedindo-nos que repetíssemos uma passagem em que alguém era condenado à morte na prisão de Sing Sing. Com apenas seis anos, eu já sabia que não gostava dessa passagem. Quando chegou a minha vez, em vez de ler, eu recitei a Salve Rainha. Mal sabia que um dia eu estaria a rezar com prisioneiros. Nunca é demasiado tarde Quando comecei a visitar Catarina na prisão, vários outros prisioneiros mostraram interesse no que nós estávamos a fazer. Sempre que um prisioneiro pedia uma visita, eu ficava contente por me encontrar com ele e partilhar a misericórdia amorosa de Deus. Deus é um Pai amoroso que está sempre à espera que nos arrependamos e voltemos para Ele. Um recluso que tenha violado a lei é semelhante como o filho pródigo, que recuperou a razão quando chegou ao fundo do poço e realizou: "Posso voltar para o meu Pai." Quando ele voltou para pedir perdão ao Pai, o Pai saiu correndo para recebê-lo. Nunca é tarde demais para alguém se arrepender dos seus pecados e voltar para Deus. Abraçar o amor Flor, uma mulher Filipina acusada de homicídio, soube do nosso ministério através de outros prisioneiros, por isso visitei-a e apoiei-a enquanto ela recorria da sua sentença de morte. Após a rejeição do seu recurso, ela ficou muito zangada com Deus e não queria ter nada comigo. Quando passava à sua porta, dizia-lhe que Deus continuava a amá-la, fosse como fosse, mas ela sentava-se em desespero a olhar para a parede em branco. Pedi ao meu grupo de oração que rezasse a Novena de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e oferecesse os seus sofrimentos especificamente para ela. Duas semanas depois, Flor mudou subitamente de ideias e pediu-me para voltar com um padre. Estava a transbordar de alegria porque a Madre Maria tinha visitado a sua cela, dizendo-lhe para não ter medo porque ficaria com ela até ao fim. Desde esse momento, até ao dia da sua morte, só havia alegria no seu coração. Outro recluso memorável foi um Australiano que estava preso por tráfico de droga. Quando me ouviu cantar um hino a Nossa Senhora a outro preso, ficou tão comovido que me pediu para o visitar regularmente. A mãe dele até ficou connosco quando veio da Austrália. Por fim, também ele pediu para ser batizado como católico. A partir desse dia, ficou cheio de alegria, mesmo quando se dirigia para a forca. O superintendente da prisão era um jovem e quando este antigo traficante de droga caminhava para a morte, este agente aproximou-se e abraçou-o. Foi muito incomum e sentimos que era como se fosse o próprio Senhor a abraçar este jovem. Não podemos deixar de sentir a presença de Deus. De facto, sei que, de cada vez, a Mãe Maria e Jesus estão lá para os receber no céu. É uma alegria que o Senhor nomeou a mim para este trabalho e o Senhor é fiel a mim. A alegria de viver para Ele e para o Seu povo tem sido muito mais gratificante do que qualquer outra coisa.
Por: Sister M. Gerard Fernandez RGS
MaisTudo o que Tom Naemi conseguia pensar, dia e noite, era só vingar daqueles que o puseram ele atrás das grades A minha família emigrou do Iraque para a América quando eu tinha 11 anos. Abrimos uma mercearia e todos trabalhamos arduamente para ter sucesso. Era um ambiente difícil para crescer, e eu não queria ser visto como um fracasso, por isso queria ninguém aproveitar-se de mim. Embora fosse regularmente para a igreja com a minha família e servisse no altar, o meu verdadeiro deus era o dinheiro e o sucesso. Por isso, a minha família ficou feliz quando me casei aos 19 anos de idade. Eles esperavam que eu estabelecesse. Tornei-me um homem de negócios bem estabelecido, assumindo o controle da mercearia da família. Pensava que era invencível e que podia safar-me de tudo, especialmente quando sobrevivi aos tiros dos meus rivais. Quando outro grupo de caldeus abriu outro supermercado na proximidade, a concorrência tornou-se feroz. Não nos limitamos a fazer concorrência desleal uns aos outros, cometemos crimes para nos levar à falência. Eu ateei um incêndio na loja deles, mas o seguro pagou a reparação. Enviei-lhes uma bomba-relógio e por sua vez, eles enviaram pessoas para me matar. Fiquei furioso e decidi vingar-me de uma vez para sempre. Eu queria matá-los, mas a minha mulher implorou-me que não o fizesse. Carreguei um camião de 14 pés com gasolina e dinamite e conduzi-o até ao edifício deles. Quando eu acendi o rastilho, o caminhão pegou fogo imediatamente. Fui apanhado pelas chamas. Pouco antes de o caminhão explodir, saltei para fora e rolei na neve e não conseguia ver. A minha cara, mãos e a orelha direita foram queimados. Fugi pela rua e fui levado para o hospital. A polícia veio interrogar-me, mas o meu advogado, que era um homem de influência, disse-me para não se preocupar. Tudo mudou no último momento, e parti para o Iraque. A minha mulher e os meus filhos seguiram-me. Passados sete meses, regressei discretamente a San Diego para visitar os meus pais. Mas ainda tinha rancores que queria resolver, por isso os problemas recomeçaram. Visitantes loucos O FBI buscou a casa da minha mãe. Apesar de ter escapado a tempo, tive de sair novamente do país. Como os negócios estavam a correr bem no Iraque, decidi não voltar para a América. O meu advogado telefonou-me e disse que, se me entregasse, faria um acordo para me condenar a uma pena de apenas 5 a 8 anos. Regressei, mas fui condenado a uma pena de prisão de 60 a 90 anos. No recurso, a pena foi reduzida para 15 a 40 anos, mas mesmo assim parecia uma eternidade. Fui passando de prisão para prisão e a minha reputação de violência precedeu-me. Envolvia-me frequentemente em brigas com outros prisioneiros e as pessoas tinham medo de mim. Ainda costumava ir para a Igreja, mas estava cheio de raiva e vingança. Tinha uma imagem na minha mente de entrar na loja do meu adversário, mascarado, disparar tiros sobre toda a gente que lá estava e fugir. Não conseguia suportar o fato de eles estarem livres enquanto eu estava atrás das grades. Os meus filhos estavam a crescer sem a minha presença e a minha mulher tinha-se divorciado de mim. Na minha sexta prisão em dez anos, conheci uns voluntários loucos e santos, treze deles, que vinham todas as semanas com padres. Estavam sempre entusiasmados com Jesus. Falavam em línguas de milagres e curas. Eu achava-os loucos, mas apreciava o facto de virem. O Diácono Ed e a sua mulher Bárbara já faziam isso há treze anos. Um dia, ele perguntou-me: "Tom, como vai a tua caminhada com Jesus?" Disse-lhe que estava óptimo, mas que só havia uma coisa que eu queria fazer. Enquanto me afastava, ele chamou-me de volta, perguntando: "Estás a falar de vingança?" Disse-lhe que o tinha chamado "vingar-me". Ele respondeu: "Sabes o que significa ser um bom cristão?" Disse-me que ser um bom cristão não significava apenas adorar Jesus, mas amar o Senhor e fazer tudo o que Jesus fez, até perdoar os inimigos. "Bem", disse eu, "isso foi Jesus; é fácil para Ele, mas não é fácil para mim". O Diácono Ed pediu-me para rezar todos os dias: "Senhor Jesus, afasta de mim esta raiva. Peço-te para estar entre mim e os meus inimigos, peço-te que me ajudes a perdoá-los e a abençoá-los". Abençoar os meus inimigos? Nem pensar! Mas o seu pedido repetido de alguma forma tocou-me, e a partir daquele dia, comecei a rezar para pedir o perdão. Chamada de volta Durante muito tempo, nada aconteceu. Então, um dia, enquanto mudava os canais de televisão, vi um pregador que fazia as perguntas: "Conheces Jesus? Ou é apenas um frequentador da Igreja?" Senti que ele estava a falar diretamente para mim. Às 22 horas, quando a eletricidade foi desligada como de costume, sentei-me no meu beliche e disse a Jesus: "Senhor, durante toda a minha vida, nunca te conheci. Tinha tudo e agora não tenho nada. Toma a minha vida. A partir deste momento, usa a minha vida para o que quiseres. Provavelmente farás um melhor trabalho do que eu fiz". Entrei para o estudo das Escrituras e me inscrevi na ‘Vida do Espírito’. Um dia, durante o meu estudo das Escrituras, tive uma visão de Jesus na Sua glória e, como uma luz brilhante do Céu, senti-me cheio de amor de Deus. As Escrituras falaram comigo e descobri o meu objetivo. O Senhor começou a falar comigo em sonhos e revelou coisas sobre pessoas que eles nunca tinham contado a ninguém. Comecei a telefonar-lhes da prisão para falar sobre o que o Senhor tinha dito e prometeu rezar por eles. Mais tarde, ouvi falar de como tinham experimentado a cura nas suas vidas. Numa missão Quando fui transferido para outra prisão, não havia um serviço católico, por isso criei um e comecei a pregar o Evangelho. Começamos com 11 membros, aumentamos para 58 e fomos juntando mais. Os homens estavam curados das feridas que os tinham muito antes de entrar na prisão. Ao fim de 15 anos, regressei a casa com uma nova missão - salvar almas e destruir a raiva. Os meus amigos que visitavam, encontravam-me a ler as Escrituras para horas e horas. Eles não conseguiam perceber o que me tinha acontecido. Eu disse-lhes que o velho Tom já tinha morrido e que era uma nova criatura em Cristo Jesus, orgulhoso de ser Seu seguidor. Perdi muitos amigos, mas ganhei muitos irmãos e irmãs em Cristo. Queria trabalhar com jovens e entregá-los a Jesus para que não acabassem mortos, ou na prisão. Os meus primos pensaram que eu tinha enlouquecido e disseram à minha mãe que eu iria ultrapassar isso em breve. Fui encontrar o Bispo, que deu a sua aprovação, e encontrei um sacerdote, o Padre Caleb, que estava disposto a trabalhar comigo neste projeto. Antes de ir para a prisão, eu tinha muito dinheiro e popularidade. Também tudo tinha de ser à minha maneira. Eu era um perfeccionista. Antes do crime, tudo era sobre mim e da maneira como eu preferia, mas depois de conhecer Jesus, eu percebi que tudo no mundo era lixo comparado com Ele. Agora, tudo girava em torno de Jesus, que vive em mim. Ele leva-me a fazer todas as coisas e não consigo fazer nada sem Ele. Escrevi um livro sobre as minhas experiências para dar esperança às pessoas, não só às que estão na prisão, mas a todos os que estão presos aos seus pecados. Sempre temos problemas, mas com a ajuda do Senhor, podemos ultrapassar todos os obstáculos na vida. É só através de Cristo que podemos encontrar a verdadeira liberdade. O meu Salvador vive. Ele está vivo. Bendito seja o nome do Senhor!
Por: Tom Naemi
MaisNa noite mais escura, vemos as estrelas mais brilhantes. Deixe a sua luz brilhar. Imagine a antecipação de uma noite ainda escura nas profundezas de uma gruta de madeira tosca. Suficientemente perto da cidade para ouvir o barulho de Belém lotado, mas suficientemente longe para se sentir separado. A gruta, um estábulo atapetado de palha e cheirando fortemente dos animais e da terra, está coberta de escuridão. Escuta. Ouve as orações e os murmúrios abafados, a amamento satisfeita de um bebé que mama ao peito. Uma criança, robusta e preciosa, embalada por Sua mãe e o Seu pai. Lá em cima, uma luz celestial brilhante irradia sobre esta gruta, o único sinal de que este é tudo menos um acontecimento infausto. O bebé, recém-nascido e embrulhado em panos feitos e bordados pela mãe, satisfeito com a sua alimentação, repousa tranquilamente. Lá fora, na agitada cidade de Belém, ninguém se apercebe da magnitude deste acontecimento. Uma gruta profunda e escura Na tradição ortodoxa, o ícone da Natividade é representado nas profundezas de uma gruta. Este facto tem dois sentidos. Em primeiro lugar, os estábulos eram frequentemente escavados na rocha na altura do nascimento de Nosso Senhor. A segunda razão é mais simbólica. É precisamente esta gruta escura que proporciona a justaposição da luz do Cristo - rompendo o tempo, o espaço e a rocha - Deus descendo à terra. Esta gruta também significa um aspecto sepulcral e prefigura a Sua paixão e morte. Neste ícone está escrita a realidade de um acontecimento sísmico que mudou a vida do homem para sempre. Esta criança, este doce bebé aninhado nos braços da Sua mãe cheia de graça "está destinado à queda e à ascensão de muitos em Israel, e a ser um sinal que será contradito" (Lucas 2,34). Um coração profundo e sombrio Cada um de nós herdou uma natureza humana caída. É a nossa concupiscência - a nossa inclinação para o pecado - que faz escurecer o nosso coração. Por isso, não é de admirar que encontremos no Evangelho de Mateus a exortação: “Bem-aventurados os puros de coração, pois verão a Deus” (Mateus 5:8). Gostaríamos de pensar que, se estivéssemos vivos no tempo de Jesus, não teríamos deixado de o reconhecer no meio de nós. Mas esse pensamento, a mim parece, é o orgulho. É muito mais provável que, a menos que a nossa fé estivesse assente numa base sólida tivesse um forte fundamento e estivéssemos abertos à chegada do Messias, tivéssemos tido dificuldade em encontrá-lo, mesmo que Ele estivesse à frente de nós. E, por vezes, não o conseguimos ver agora, quando Ele está mesmo à nossa frente. Será que O reconhecemos na Eucaristia? Ou no disfarce da aflição dos pobres? Ou mesmo nas pessoas que nos rodeiam – sobretudo naquelas que nos aborrecem? Nem sempre. E talvez nem sempre. Mas há soluções para isso. Refletir a luz São Josemaria Escrivá adverte-nos: "Mas não se esqueçam de que nós não somos a fonte dessa luz, apenas a reflectimos". Se pensarmos no nosso coração como um espelho, apercebemo-nos de que mesmo pequenas marcas na superfície alteram o reflexo. Quanto mais manchado estiver o espelho, menos refletiremos a luz do Cristo para os outros. Se, no entanto, mantivermos rotineiramente a limpeza do espelho, o seu reflexo não será obscurecido de forma alguma. Então, como é que mantemos o nosso coração limpo? Experimente estes cinco passos simples neste Natal para tornar o nosso coração suficientemente limpo para refletir aos outros a luz daquele menino, o Príncipe da Paz. Que O reconheçamos na gruta, no mundo e nas pessoas que nos rodeiam. 1. Rezar por um coração limpo Pedir ao Senhor que o ajude a resistir às tentações do pecado e a reforçar os seus hábitos diários de oração. Receba-o dignamente na Eucaristia para que Ele o consuma. "Cria em mim um coração puro, ó Deus, e renova dentro de mim um espírito estável." (Salmo 51,10). 2. Exercitar a humildade Tropeçarás mais do que uma vez no teu caminho espiritual. Frequente o Sacramento da Confissão e procure um bom e santo sacerdote para uma direção espiritual. 3. Ler os Evangelhos Ler e meditar os Evangelhos são formas maravilhosas de chegar a uma compreensão mais profunda e a uma relação mais próxima com Nosso Senhor. "Chegai-vos a Deus, e ele chegará a vós". (Tiago 4:8) 4. Receber a luz Aceite de boa vontade e com amor os ensinamentos de Cristo e da Sua Igreja, mesmo quando for difícil. Reze por clareza e compreensão quando não tiver a certeza do que lhe é pedido. 5. Desviar as trevas Santa Madre Teresa de Calcutá disse uma vez: "As palavras que não dão a luz de Cristo aumentam as trevas." Por outras palavras, se as conversas que temos ou os meios de comunicação que consumimos não nos trazem a luz de Cristo, então é porque estão a fazer o contrário. Ao sermos sensatos em relação ao entretenimento ou às influências de que gostamos, estamos realmente a desviar aqueles que não trazem a luz do Cristo.
Por: Emily Shaw
MaisP - Porque é que Jesus Cristo teve de morrer por nós? Parece-me cruel que o Pai tenha exigido a morte do seu único Filho para nos salvar. Não haveria outra maneira? R - Sabemos que a morte de Jesus perdoou os nossos pecados. Era necessário? Como é que a Sua morte realizou a nossa salvação? Pensemos no seguinte: Numa escola, se um aluno batesse no colega, receberá um determinado castigo, como detenção ou suspensão. Mas se esse mesmo aluno desse um murro num professor, o castigo seria mais grave, como a expulsão da escola. Noutro cenário, se o aluno esmurrasse o Presidente, seria provavelmente preso. Por conseguinte, a consequência depende da dignidade de quem é ofendido. Qual seria a consequência de ofender o Deus todo santo e amoroso? O Deus que O criou a si e as estrelas merece nada menos do que veneração e a adoração de toda a Sua Criação. Quando O ofendemos, qual será a consequência natural? Morte eterna, destruição, sofrimento e afastamento dele. Assim, temos para com Deus uma dívida de morte. Mas não a podíamos pagar porque Ele é infinitamente bom. A nossa transgressão provocou um abismo infinito entre nós e Ele. Precisávamos de alguém infinito e perfeito, além de humano (já que Ele teria de morrer para pagar a dívida). Só Jesus Cristo se enquadra nesta descrição. Vendo-nos abandonados numa dívida impagável que só nos levaria à perdição eterna, Ele fez-se homem por Seu grande amor para poder pagar a nossa dívida em nosso nome. O grande teólogo Santo Anselmo escreveu um tratado intitulado “Cur Deus Homo?” (Porque é que Deus se encarnou?). Concluiu que Deus se encarnou para poder pagar a dívida que tínhamos, a fim de nos reconciliar com Ele. Isto realizou-se numa pessoa que é a união perfeita de Deus e da humanidade. Pensemos também nisso: se Deus é a fonte de toda a vida, e se o pecado significa que viramos as costas a Deus, então o que é que estamos de facto a escolher? A morte. São Paulo diz que "o preço do pecado é a morte" (Rm 6,23) e o pecado provoca a morte de pessoa. Vemos que a luxúria pode levar às doenças sexualmente transmissíveis e os corações dolorosos. Sabemos que a cobiça leva a um estilo de vida pouco saudável, a inveja leva à insatisfação com os dons que Deus nos deu, a avareza leva-nos a trabalhar demais a satisfazer-se e o orgulho rompe as nossas relações com os outros e com Deus. O pecado é verdadeiramente mortal! É preciso de uma morte para restaurar a nossa vida. Uma antiga homilia do Sábado Santo, na perspetiva de Jesus, diz o seguinte: "Olhai para a saliva no meu rosto, que recebi por vossa causa, para vos restituir o primeiro pro-divino da criação. Veja as pancadas na minha cara, que aceitei para vos remodelar à minha imagem. Veja a flagelação das minhas costas, que aceitei para dispersar a carga dos vossos pecados, que foi colocada sobre as vossas costas. Veja as minhas mãos pregadas na madeira por uma boa causa por vós, que estendestes a mão para a madeira por um mal". Finalmente, creio que a Sua morte foi necessária para nos mostrar a profundidade do Seu amor. Se Ele tivesse apenas picado o dedo e derramado uma única gota do Seu precioso sangue (o que teria sido suficiente para nos salvar), pensaríamos que Ele não nos amava assim tanto. São Padre Pio disse: "A prova do amor é sofrer por aquele que amas". Quando contemplamos o incrível sofrimento que Jesus suportou por nós, não podemos duvidar nem por um momento que Deus nos ama. Deus ama-nos tanto que preferiu morrer em vez passará eternidade sem nós. Além disso, o Seu sofrimento dá-nos conforto e consolação. Não há agonia e dor que possamos suportar que Ele não tenha já passado. Estás a sofrer dores físicas? Ele também estava. Tem uma dor de cabeça? A Sua cabeça foi coroada de espinhos. Sente-se só e abandonado? Todos os Seus amigos O abandonaram e negaram Nele. Sente-se envergonhado? Ele foi despido de tudo. Luta contra a ansiedade e o medo? Ele estava tão ansioso que suou sangue no Jardim. Já foi tão magoado por outros que não consegue perdoar? Ele pediu ao Pai que perdoasse os homens que Lhe cravavam os pregos nas mãos. Sente que Deus o abandonou? O Jesus exclamou: "Ó Deus, meu Deus, porque me abandonaste?" Por isso, nunca podemos dizer: "Deus, Tu não sabes o que estou a sofrer!" Porque Ele pode sempre responder: "Sei, sim, meu filho amado. Já passei por isso e estou a sofrer contigo neste momento". É uma consolação para nós que sofremos, saber que a cruz traz-nos perto de Deus. Mostrou-nos as profundezas do amor infinito de Deus por nós, e o grande esforço que Ele faria para nos salvar. A cruz pagou a dívida dos nossos pecados para que possamos estar perante Ele, perdoados e redimidos!
Por: PADRE JOSEPH GILL
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