Início/ENVOLVA-SE/Artigo

set 15, 2021 452 0 DIÁCONO JIM MCFADDEN
ENVOLVA-SE

OUSE CHAMÁ-LO PAPAI

Você sabia que tem um Pai sempre presente? Continue lendo se você deseja o amor dele.

Quando Você Voltar

Há dezesseis anos atrás, eu estava ministrando uma aula de catecismo na Prisão de Folsom, uma prisão de segurança máxima na Califórnia, preparando alguns dos presos para a Confirmação. Um preso chamado Juan estava contando sua história. Ele compartilhou que seu pai biológico abandonou sua família quando ele era um bebê e que seu padrasto era indiferente e abusivo. Em outras palavras, ele disse que sua conexão com um pai de qualquer tipo era “confusa”. Essa pode ser a razão, disse ele, pela qual ele é atraído pela fé de sua infância – ele ainda está procurando seu pai.

Eu disse: “Juan, Deus É o seu Pai e Jesus o convida a chamá-Lo de ‘Abba.’

“O que ‘Abba’ significa?” ele perguntou.

“Significa ‘papai, paizinho.’ Jesus lhe dá permissão para chamar Deus de ‘papai,’” eu disse.

Com lágrimas nos olhos, Juan recitou lentamente e reverentemente o Pai-Nosso. Ele pronunciou a oração com tanto poder e convicção que parecia que estava dizendo pela primeira vez.

A simplicidade da Oração do Senhor e nossa própria familiaridade com ela podem mascarar o avanço fenomenal que foi na história da religião. Jesus não se dirige a Deus como ‘Juiz’, ou ‘Onisciente,’ ou ‘Grande Poder no Céu,’ ou algum outro título que indique a transcendência de Deus. Em vez disso, Jesus chama Deus de “Pai,” o que evoca uma sensação de familiaridade, lembrando-nos como uma criança se volta para seu pai, confiando que é amada por ele.

Preenchendo o Vazio

Se alguns consideram seus pais ausentes, críticos ou rudes, é possível que projetem essas qualidades em Deus. Se cresceram esperando pouco de seus pais, também podem esperar pouco ou nada de Deus. Se seu pai era geralmente não comunicativo, eles podem projetar isso em Deus. Mas Jesus nos ensinou a chamar Deus de “Abba,” que significa “meu pai” e evoca uma sensação de intimidade, calor, segurança e amor.

Essa compreensão de Deus como um pai amoroso pode ser encontrada no profeta Oséias, que capta essa relação íntima entre pai e filho que Jesus nos convida:

Israel era ainda criança, e já eu o amava,

e do Egito chamei meu filho.

Mas, quanto mais os chamei,

mais se afastaram;

ofereceram sacrifícios aos Baal

e queimaram ofertas aos ídolos.

Eu, entretanto, ensinava Efraim a andar,

tomava-o nos meus braços,

mas não compreenderam que eu cuidava deles.

Segurava-os com laços humanos, com laços de amor;

fui para eles como o que tira da boca uma rédea,

e lhes dei alimento. (Oséias 11: 1-4).

Que imagem terna de nosso Deus amoroso como alguém que “levanta uma criança até o seu rosto.”

Essa é a imagem que derreteu o coração de um prisioneiro chamado Juan e encheu seus olhos de lágrimas. Muitas pessoas passam a vida procurando seu pai, mas Jesus nos diz que temos um pai que nos ama mais do que qualquer pai terreno jamais poderia. Simplesmente temos que vir diante dele e com a simplicidade da infância dizer: “Abba!”

Pai Celestial, eu me entrego completamente em suas mãos como uma criança, e confio em sua Divina providência. Cada dia, deixe-me sentir esses laços invisíveis de amor que me atraem para perto de Vós. Amém.

 

Partilhar:

DIÁCONO JIM MCFADDEN

DIÁCONO JIM MCFADDEN ministra na Igreja Católica de São João Batista em Folsom, Califórnia. Ele é professor de teologia e atua na formação da fé de adultos, preparação para o batismo, direção espiritual e ministério na prisão.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Artigos mais recentes