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set 22, 2021 685 0 Patricia Dowey
ENCONTRE

“PRECISO DA SUA PERMISSÃO”

Eu estava orando por um milagre e então ouvi a voz gentil de Maria, minha mãe.

EM SEU CORAÇÃO

Sou filha única, amada e querida por meus pais. Meu pai era um católico devoto, mas minha mãe era membro da Igreja Protestante da Escócia. No entanto, ela era muito feliz por eu ter sido criada na fé católica, por isso frequentei uma escola católica onde tive a sorte de ser ensinada pelas Irmãs da Misericórdia e pelos Irmãos Maristas. Lembro-me de cantar para ela todos os hinos que havia aprendido, mas, como não era católica, os hinos de Nossa Senhora eram desconhecidos para ela.

Surpreendentemente, estes se tornaram seus favoritos e ela os cantava com orgulho quando comparecia às devoções de maio e às procissões marianas com meu pai e eu. Ela encorajou-me a frequentar os Filhos de Maria e foi seu amor pela Mãe de Deus que a levou a integrar-se a Igreja Católica muitos anos depois. Também tive a sorte de ter uma tia muito devota que fomentou meu amor por Maria. Adorava visitar a bela igreja de Nossa Senhora da Vitória, ao lado da minha escola, no meu caminho para casa e ficar alguns minutos diante do Altar de Nossa Senhora e senti que isso era agradável à Ela e que me amava.

Esta relação que nasceu na minha infância continuou na minha vida adulta, por isso em momentos de estresse ou dificuldade eu recorria a Maria, minha Mãe, e sempre sentia sua ternura, preocupação e ajuda amorosa. Tive um casamento muito difícil, devido ao vício do meu falecido marido ao álcool, então um dia decidi fazer uma Novena a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

Minha paróquia naquela época era dirigida pelos Redentoristas que tinham uma devoção particular a Nossa Senhora sob esse título. Uma semana depois, meu marido parou de beber! Passamos 14 meses de sobriedade tranquila, mas infelizmente o vício voltou. No entanto, sou muito grata a Maria, porque naquela época, minha filha mais nova, Alice nasceu, uma quarta bênção.

PENTECOSTES SEM MARIA?

Em 1989, experimentei o Batismo no Espírito Santo. Minha vida espiritual foi enriquecida por fazer parte de um grupo de oração carismática e ajudei a organizar seminários “Vida no Espírito” para várias paróquias. Então, em 1993, comecei a liderar um grupo de oração e dirigimos esses seminários novamente. Sempre fui grata pelo novo relacionamento com Jesus que surgiu como resultado do meu Batismo no Espírito Santo, mas percebi que não havia nenhuma menção de Nossa Senhora porque os seminários eram baseados em um programa introduzido pelas igrejas Pentecostais. Como podemos ter uma experiência de Pentecostes sem Maria? Quando sugeri que isso era uma omissão, meu bom amigo John Vaughan Neil concordou e reescreveu seu excelente seminário, “Filhos e Filhas do Deus Vivo” com orações para trazer os participantes a um relacionamento novo e mais profundo com sua Mãe Celestial.

Em 1994, senti um forte chamado de Nossa Senhora para visitar Medjugorje e, embora a guerra ainda estivesse acontecendo na Bósnia, minha amiga Anne e eu conseguimos viajar para lá com um pequeno grupo da Irlanda. Isso levou a uma mudança radical em minha vida espiritual. Tivemos o privilégio de estar nesta aldeia sagrada para o 10º aniversário da Consagração do Mundo ao Imaculado Coração de Maria. Assim, no dia 25 de março, participamos de uma procissão subindo a Colina das Aparições (Podbrdo) liderada por um bispo tchecoslovaco que era amigo pessoal do Papa João Paulo II.

Lá, ele nos exortou a consagrarmos nós mesmos e nossas famílias ao Imaculado Coração de Maria, dizendo-nos que este era um lugar de refúgio e segurança para o mundo inteiro. Eu fiz isso, sentindo-me feliz por ter feito uma oração tão adorável. No dia seguinte, fiquei surpresa ao descobrir que repeti a mesma oração, palavra por palavra, e percebi que ela havia me sido dada por Nossa Senhora. Tenho rezado todos os dias desde então. Também rezei a Consagração de 33 dias a Maria, escrita por São Luís de Montfort, que recomendo extremamente. Confiar tudo nas mãos de Nossa Senhora e à Sua mais poderosa intercessão é experimentar o Seu cuidado maternal amoroso e encontrar a verdadeira paz.

UMA VOZ SUAVE

Eu precisaria de todo o seu apoio infalível em 2016, quando meu filho mais novo Ruairi foi diagnosticado com um tumor cerebral. Ele tinha apenas 33 anos, era pai de 2 filhos jovens, era  saudável e em boa forma. Imediatamente, invoquei Nossa Senhora, pedindo-Lhe que segurasse meu filho em seus braços, assim como Ela havia segurado Jesus, e se sentasse com Ele em Seu colo, aos pés da Cruz. Também pedi a Jesus que só visse Ruairi nos braços de sua mãe. Infelizmente, apesar do tratamento que recebeu e de todas as pessoas que oravam por ele, ficou claro em julho de 2017 que não haveria milagre. Meu filho estava morrendo. Num sábado, na missa, senti uma voz gentil dentro de mim dizendo: “Preciso de sua permissão”. Tentei ignorá-la, mas ela continuou, gentilmente, mas persistentemente: “Preciso de sua permissão”.

Eu sabia que era Nossa Senhora me pedindo para deixá-la levar Ruairi. Chorei muito, mas sabia que Deus amava meu filho e queria o melhor para ele, então dei minha permissão. Quão gentil é Nossa querida Mãe em pedir. Dias depois, meu querido filho faleceu, mas saber que ele estava com nossa Mãe Celestial foi um grande consolo para mim. Agora, 3 anos depois, até posso agradecer a Deus pelo grande privilégio que Ele concedeu – permitindo-me compartilhar as dores e sofrimentos de Maria. Ambos experimentamos a agonia de perder um filho. Ruairi escolheu São Maximiliano Kolbe como seu santo da Confirmação. Como este grande santo, ele amava Nossa Senhora e O Memorare era sua oração favorita. São Maximiliano disse: “Nunca tenha medo de amar demais a Maria, porque você nunca poderá amá-la tanto quanto Jesus”. Como é verdade! Ponha sua mão na dela e deixe-a levá-la para o céu.

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Patricia Dowey

Patricia Dowey is a retired Primary School teacher. As a mother of four children and eleven wonderful grandchildren she lives in Dundee, Scotland.

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