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set 22, 2021
ENCONTRE set 22, 2021

Às vezes, o que começa como um passatempo inofensivo pode levar sua vida a um abismo escuro!

ENCONTRANDO MEU DESTINO

Durante a maior parte da minha adolescência, lutei para confiar em Deus e dessa falta de confiança, decidi confiar a mim e o meu futuro nas mãos de poderes que prometiam prosperidade, amor e felicidade. Comecei a seguir as crenças da Nova Era e logo me vi envolvido com cartas de tarô, médiuns, horóscopos e magia.

No começo, essas coisas pareciam divertidas e excitantes. Por causa das práticas da Nova Era, senti que não estava mais andando às cegas – eu claramente vi o caminho do meu destino e recebi orientação útil para minha vida. Acreditei nas cartas e os médiuns me conheciam. Eles entenderam o que estava acontecendo na minha vida pessoal, coisas que eu não tinha compartilhado com ninguém, e por causa disso, eu acreditei neles com toda a minha alma. Logo, o que começou como um hobby aparentemente inofensivo tornou-se uma obsessão e me afastou de Deus.

ALÉM DA OBSESSÃO

Eu estava constantemente consultando minhas cartas de tarô, desesperada para encontrar respostas para os problemas da minha vida. Eu adorava falsos ídolos, deuses e deusas, implorando por ajuda que nunca veio. Comecei a procurar feitiços que deveriam me ajudar a sair de situações desconfortáveis ou melhorar minha vida. Felizmente, “procurar” foi o mais longe que cheguei, mas cheguei muito perto de realmente lançar feitiços. Se não fosse pela sensação de culpa que senti enquanto pesquisava bruxaria, provavelmente teria ido em frente com isso. Olhando para trás, acredito que foi a graça de Deus me afastando de algo que teria me levado a um caminho ainda mais sombrio.

Minha obsessão impactou minha fé drasticamente. Embora eu tivesse crescido na Igreja Católica, eu não me considerava assim. Senti que as crenças da Nova Era ecoavam forte em mim, mais que qualquer outra coisa. Disse aos meus amigos e familiares que não tinha certeza se acreditava mais em um Deus. Afinal, se Deus existia, por que eu parecia tão sem esperança e perdida? Por que Deus fez milagres para os outros, mas não para mim? Eu nunca me vi voltando à Fé Católica, não depois de toda a “verdade” que eu tinha aprendido sobre “iluminação”.

Pensei que os cristãos eram os cegos, aqueles que não podiam ver a verdade bem na frente deles, enquanto eu podia ver além das mentiras e enganos do mundo. Não sabia que a cega era eu, que estava andando pela vida sozinha. Estava desesperada por orientação e pensei que as crenças da Nova Era me dariam algo para ter esperança.

VOLTE PARA MIM

Durante semanas, minhas cartas de tarô me davam mensagens mistas. Eles não faziam mais sentido, nem se aplicavam ao que eu estava pedindo a elas. Eu me senti sem esperança, frustrada.

Minhas cartas de tarô eram minha única garantia que as coisas ficariam bem, mas até elas pararam de funcionar. Era como se tudo estivesse dando voltas, e eu não tinha mais controle sobre minha vida. Mas foi só isso! Eu estava tão obcecada com o controle, que quando o perdi, me senti fraca e vulnerável.

Logo percebi que Deus quer que sejamos vulneráveis para que possamos aprender a entregar todo o controle e colocar totalmente nossa fé Nele. No final, foi Jesus quem me salvou e me devolveu a verdade que eu estava procurando há tanto tempo. Eu sei que a vida não nos pertence; não cabe a nós direcionar nossos passos (Jeremias 10:23). Comecei a ouvir Deus sussurrando em meu coração que era hora de confiar Nele. Abri a porta para o Senhor, e Ele não hesitou em entrar.

Depois de anos gritando para ninguém em particular, recebi uma inspiração de Deus em vez de minhas cartas. Deus me conduziu à natureza, um lugar onde me senti em paz, e me envolveu com um abraço amoroso. Olhei para o céu e Ele falou comigo, escondido nas nuvens naquela tarde. Ouvi Sua voz, que me disse: “Volte para mim”. Fui envolvida por um amor que jamais havia sentido em toda minha vida.  “Que teu coração deposite toda a sua confiança no Senhor! Não te firmes em tua própria sabedoria! Sejam quais forem os teus caminhos, pensa Nele, e Ele aplainará tuas veredas.” (Provérbios 3, 5-6)

Só levei um dia para deixar a luz do Espírito Santo preencher os espaços que eu tinha deixado no escuro por vários anos. Esta é a beleza do poder de cura de Deus, para iluminar até mesmo as almas mais fracas! Ainda assim, eu sabia que tinha que mostrar ao Senhor que realmente queria experimentar Sua graça. Naquela noite, no meu quarto, derramei tudo em Deus. Disse a Ele que sentia muito por ter me afastado tanto e me arrependia de todos os pecados que tinha cometido. Disse-Lhe ainda, que de agora em diante, confiaria a Ele a minha vida.

Coloquei meu destino nas mãos do Senhor e desisti das crenças da Nova Era. Caí nos braços de um Deus que me amava como sua filha. Uma vez que senti o conforto de descansar nos braços misericordiosos de Deus, comecei a ver a fé católica como algo em que podia confiar com todo o meu coração, e não sentia mais vontade de dirigir meu próprio destino. Eu não fico mais obcecada com respostas; agora confio no plano do Senhor para mim. “Submetam-se, portanto, a Deus. Resista ao diabo, e ele fugirá de você” (Tiago 4:7).

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Por: Ashley Fernandes

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set 15, 2021
ENCONTRE set 15, 2021

Qual é o maior antídoto para a solidão?

Era uma noite de domingo comum na pensão de estudantes onde eu estava hospedada.  A maioria dos meus amigos tinha ido para casa no fim de semana. Depois de terminar minhas tarefas e estudos do dia, me preparei para assistir à Missa noturna na pequena capela do convento, nas proximidades. Quando estava indo para a capela, um sentimento forte de solidão estava me fazendo sofrer.  Além do fato de que eu estava a quilômetros de distância da família, algo mais estava me causando sofrimento, mas não conseguia identificar o que era. A solidão não era novidade para mim.  Já havia passado mais de 6 anos na faculdade/universidade, só conseguindo visitar meus pais, que trabalhavam em outro país, durante os intervalos entre os semestres.

Quando cheguei à capela, fiquei surpresa ao vê-la cheia de pessoas, o que era incomum. No entanto, eu consegui encontrar um lugar no banco da frente e me sentei, ainda absorta em meus pensamentos. A Missa continuava, mas não pude me concentrar nas orações.  À medida que o tempo para a Comunhão se aproximava, a dor dentro tinha crescido. Entrei na fila da Comunhão e ao receber Jesus, voltei e ajoelhei-me em Ação de Graças.

No momento seguinte, percebi que o intenso sentimento de solidão e tristeza tinha desaparecido! Era como se um peso pesado fosse tirado dos meus ombros de repente.  Fiquei totalmente surpresa com isso, pois eu não tinha rezado muito durante a Missa, nem dito nada a Jesus sobre o que eu estava sentindo.  Mas o Senhor estava olhando para mim do altar.  Ele sabia que eu estava lutando e precisava de ajuda.

O pequeno incidente deixou uma marca profunda em minha memória.  Mesmo depois de vários anos, lembro-me de como o Senhor mostrou seus ternos cuidados. Jesus Eucarístico tem sido meu refúgio durante todos os momentos difíceis da minha vida.  Nem uma vez Ele falhou em me ajudar com Sua Graça e Misericórdia.  Quando nos sentimos atormentados pelas tempestades da vida, sem saber como encontrar a direção certa, tudo o que temos a fazer é correr para Ele. Alguns de nós gastamos muito dinheiro para falar com um psicólogo, mas muitas vezes não percebemos que o maior Conselheiro está sempre pronto para ouvir nossos problemas a qualquer momento, sem hora marcada!

Não há antídoto maior para a solidão do que a presença de Deus. Se você sentir que ninguém realmente o entende ou se preocupa com você, vá com confiança, permaneça diante do Santíssimo Sacramento. Nosso Senhor Jesus está esperando que você experimente Seu conforto, força e amor avassalador!

“O tempo que você passa com Jesus no Santíssimo Sacramento é o melhor momento que você vai passar na terra.” – Santa Teresa de Calcutá

Meu Jesus, que está verdadeiramente presente no Santíssimo Sacramento, me ajude a confiar a Ti todas as minhas preocupações com o futuro. Confio em Ti e acredito firmemente que não há nada impossível para Ti. Deixe-me ser confortada e fortalecida por seu amor avassalador. Amém.

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Por: Sherin Vincent

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set 15, 2021
ENCONTRE set 15, 2021

Quer ser a melhor versão de você? Dê o primeiro passo!

Ausência de Vínculo

Meu testemunho não é sobre uma conversão poderosa, um momento de mudança de vida ou uma milagrosa cura. É uma jornada de pequenos passos. Uma jornada onde eu continuamente tropecei e caí, mas Deus sempre me levantou e caminhou comigo. Eu nasci e fui criada como católica. No entanto, como muitas pessoas poderiam atestar, isso nem sempre é muito. Eu participei dos Sacramentos e ia à igreja regularmente, mas faltava um relacionamento pessoal com Jesus.

Durante minha vida universitária, sempre que encontrava dificuldades, recorria a Deus em busca de conforto. Ele sempre me escutava, mas eu nem sempre o ouvia. Eu coloquei Deus em um compartimento e buscava-O apenas quando precisava. Ele certamente era parte da minha vida, já que continuava ir à igreja aos domingos e rezava com frequência, mas Ele não era o centro de minha vida. Meus interesses e desejos próprios vinham primeiro, nunca parei para pensar sobre a vontade de Deus.

Seis meses antes da formatura, meu mundo inteiro virou de cabeça para baixo. Eu passei por uma depressão profunda por um período longo, havia apenas escuridão. O desespero e desesperança que eu sentia é difícil de transmitir em palavras, mas acho que muitos de vocês que estão lendo isso devem ter sentido alguma vez. Quando isso acontece, fazemos das duas uma: corremos em direção a Deus buscando refúgio nele ou fugimos dele com raiva.

Infelizmente, escolhi fugir. Eu não conseguia entender por que Deus me fazia passar por algo tão horrível se ele me amava. Durante a maior parte do ano, isolei-me completamente, parei de frequentar a igreja e de ir a qualquer outro lugar. Eu fui tomada por sentimentos de vergonha e inutilidade. Pensamentos como: ‘você é um fardo’ e ‘todo mundo ficaria muito melhor sem você’ constantemente invadia minha cabeça. Minha mente era como uma prisão da qual eu simplesmente não conseguia escapar.

Felizmente, esse não foi o fim da minha história. Um dos meus versículos bíblicos favoritos é Romanos 8:28. “Aliás, sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são os eleitos, segundo os seus desígnios”. Isso nos garante que, aconteça o que acontecer em nossas vidas, Deus transformará para o nosso bem. Também nos lembra com amor que fomos escolhidos por ele e temos um propósito por meio dele. Isso se tornou evidente em minha vida quando lentamente voltei à fé com a ajuda de várias pessoas e incidentes que Deus certamente orquestrou.

Passos de Bebê

Desta vez, foi diferente. Eu frequentava à missa e retiros diários enquanto realmente buscava o amor de Deus. No entanto, meus problemas mentais continuaram se repetindo. Não houve qualquer progressão ou recuperação, então meu futuro parecia sombrio e eu estava farta da vida constantemente. A esperança e a paz que Jesus prometeu pareciam distantes. Como eu disse antes, não houve um momento mágico em que as coisas mudaram para mim como eu gostaria, tive que esperar o tempo de Deus. No entanto, alguns pequenos passos me ajudaram a progredir para um estado mais positivo.

Minha família é minha maior bênção. Eles estiveram ao meu lado nos momentos mais sombrios e sou realmente grata a Deus por eles. Cerca de dois anos atrás, começamos a ler a Bíblia por trinta minutos diariamente – algo que continuamos a fazer. Embora possa ser árduo, especialmente quando explora-se um pouco do Velho Testamento, definitivamente vale a pena perseverar. Quando reconhecemos que a Bíblia é a Palavra viva de Deus, percebemos que há uma resposta para tudo nela.

“O alvo de Satanás é sua mente e suas armas são mentiras. Portanto, preencha sua mente com a palavra de Deus” – Greg Locke.

Esta citação enfatiza como o diabo usa mentiras contra nós como armas. Minhas lutas eram principalmente com minha mente e me sentia presa. Eu lutava com muitos pecados que surgiam continuamente. O diabo me disse que eu não era amada, era fracassada e sem valor quando na verdade sou uma filha de Deus que é infinitamente amada. Estas são algumas afirmações que a Palavra de Deus dá a cada um de nós:

“Somos obra sua, criados em Jesus Cristo para as boas ações, que Deus de antemão preparou para que nós as praticássemos.” (Efésios 2:10)

“Vós, filhinhos, sois de Deus, e os vencestes, porque o que está em vós é maior do que aquele que está no mundo.” (1 João 4: 4)

“Vós, porém, sois uma raça escolhida, um sacerdócio régio, uma nação santa, um povo adquirido para Deus, a fim de que publiqueis as virtudes daquele que das trevas vos chamou à sua luz maravilhosa.” (1 Pedro 2: 9)

Amor Perfeito

Uma das minhas coisas favoritas sobre a fé católica é o Sacramento da Penitência (Reconciliação). Ser capaz de confessar-me e abrir meu coração a Jesus tem sido imensamente valioso. Receber Seu perdão nos liberta da culpa e da vergonha às quais o diabo nos condena. O Espírito Santo ajuda-nos a perceber quando estamos no caminho errado e precisamos arrepender-nos e voltar para Deus. Enquanto fizermos isso, não há nada com que se preocupar, embora tenhamos que fazer isso repetidamente. Quanto mais nos afastamos de Deus, mais ele se alegra quando voltamos, assim como o pai comemorou quando o filho pródigo voltou.

Demorei um pouco para perceber e ainda não entendi totalmente; Eu não preciso fazer nada para receber o amor de Deus. É um presente incondicional que ele derrama sobre nós. Seu amor não depende de mim ou da minha perfeição. Depende de sua natureza, que é totalmente amorosa e misericordiosa. Mesmo nos meus momentos mais sombrios e nos seus, esse amor nos dá esperança. No livro do profeta Oséias, Deus proclama que “transformará o Vale do Problema em uma Porta de Esperança” (Oséias 2:15 NVI). Isso retrata lindamente o que aconteceu na minha vida. Por meio do seu amor, Deus transformou meus problemas em uma oportunidade de ter esperança e compartilhar essa esperança com você.

Passo a Passo

Em retrospecto, minha dor levou-me a finalmente aproximar de Deus. Ele é o único que realmente esteve ao meu lado em tudo. Ele não é apenas o Deus majestoso e todo poderoso, ele é meu consolador e amigo. Aprendi a aceitar melhor a vontade de Deus e seu tempo. Minha vida definitivamente não saiu da maneira que planejei, mas isso não é uma coisa ruim porque os caminhos de Deus são mais elevados do que os meus. “Pois os meus pensamentos não são os vossos, e vosso modo de agir não é o meu, diz o Senhor; mas tanto quanto o céu domina a terra, tanto é superior à vossa a minha conduta e meus pensamentos ultrapassam os vossos.” (Isaías 55: 8-9)

Ao longo do tempo, muitos fatores contribuíram para aumentar minha fé. Isso levou-me a uma profunda apreciação e compreensão de Deus. Também acredito sinceramente que o poder da oração ajudou-me a sobreviver a muitos desafios da vida. Eu humildemente peço que você mantenha-me em suas orações e que todos nós adotemos a mentalidade de orar uns pelos outros. Como meu testemunho mostra, não temos necessariamente que fazer coisas “grandes” para aproximar-nos de Deus, pequenos passos é tudo que precisamos. Espero que você seja capaz de dar um pequeno passo em direção a Deus hoje, ele está esperando com amor e de braços abertos.

Querido Deus, acredito firmemente e tenho esperança em Vós. Cada dia levanto-me para dar um passo mais perto de Vós. Tudo que peço é a graça de conhecê-Lo e amá-Lo. Deixe-me ser envolvida em seus braços amorosos. Amém.

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Por: Steffi Siby

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set 01, 2021
ENCONTRE set 01, 2021

Você sabia que o primeiro Milagre Eucarístico registrado vem dos Padres do Deserto no Egito, que estavam entre os primeiros monges cristãos? Um dos monges dos mosteiros de Scetis (Egito governado pelos Romanos) era um trabalhador árduo que carecia de instrução na fé. Em sua ignorância, ele dizia: “O Pão que recebemos não é realmente o Corpo de Cristo, mas um símbolo do Corpo.”

Dois dos monges mais experientes ouviram seu comentário e sabendo que ele era um monge bom e piedoso, decidiram falar com ele. Eles gentilmente disseram a ele: ‘O que você está dizendo contradiz a nossa Fé.’ O monge inculto respondeu: ‘A menos que você possa mostrar-me evidências, eu não mudarei de idéia.’ Os monges mais velhos disseram: ‘Oraremos a Deus sobre este mistério e acreditamos que Deus nos mostrará a verdade ‘.

Na missa do domingo seguinte, quando as palavras de consagração foram pronunciadas, todos, exceto o monge inculto, viram uma pequena criança no lugar da hóstia. Quando o sacerdote levantou o Pão Eucarístico para partir, os monges viram um anjo com uma espada perfurar o Menino. Quando o padre partiu a hóstia sagrada, o sangue escorreu para o cálice. Os monges se aproximaram para receber a comunhão e quando o cético monge olhou para baixo, seu pão havia se tornado um pedaço de carne sangrenta. Vendo isso, ele gritou: “‘Senhor, eu acredito que o Pão é o Seu Corpo e o Seu Sangue está no cálice.” Imediatamente a carne tornou-se pão novamente, e o monge recebeu reverentemente dando graças a Deus.

Este relato ocorreu nos primeiros séculos do Cristianismo e é encontrado nos ditos dos Padres do Deserto, cuja vida no deserto seguiu o exemplo de Santo Antônio, Abade. O milagre é apenas o primeiro de muitos experimentados por outros homens e mulheres santos ao longo dos séculos. Eles passaram a acreditar que toda missa é como o Natal, quando Cristo desce do céu para estar em nossos altares e em nossos corações “habitando entre nós” sob a aparência de pão e vinho.

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Por: Shalom Tidings

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set 01, 2021
ENCONTRE set 01, 2021

Nas aparições de Maria, sua mensagem predominante era “rezar bem”. Você já percebeu o poder da oração em sua vida?

Minha esposa e eu temos uma tradição natalina de reunir nossos filhos e netos para as celebrações de natal. No dia seguinte, minha esposa leva os netos para uma pantomima, acompanhada por alguns de nossos filhos adultos. Eu sei que os netos esperavam pelo panto com muita animação. A última vez que fizemos isso foi há quatro anos atrás. Como os netos já cresceram um pouco, a pantomima não é mais tão atraente como antes.

Quatorze anos atrás, eu tive um ataque cardíaco. Depois que recebi dois stents e alguma reabilitação, fiquei absolutamente bem. Mas, dez anos depois, às 3 da manhã do dia seguinte do natal, acordei com muita dor. Parecia uma repetição do meu ataque cardíaco. Como não queria incomodar minha esposa, levantei-me e desci para rezar na cozinha. Decidi não chamar uma ambulância, principalmente porque não queria estragar todas as comemorações do Natal.

Nunca havia rezado com tanta vontade ou tão fervorosamente em toda a minha vida, implorando à Virgem Maria que pedisse a seu filho, Jesus, que isso não acontecesse agora, não por mim, mas por minha família. Imaginei a dor de cabeça que isso causaria a todos se eu fosse levado para o hospital. Na minha oração a Nossa Senhora, recordei do seu pedido no Milagre de Caná sendo concedido. Deu-me muita esperança de que ela ouviria minhas súplicas. Com o passar do tempo, a dor aumentava cada vez mais. Dez anos antes, eu havia sofrido os mesmos sintomas. Para meu alívio, após várias horas de oração fervorosa e urgente, a dor diminuiu e então passou completamente. Fiquei muito grato a nossa Santa Mãe por confortar-me em minha dor e ansiedade e por interceder por mim.

Agora, quatro anos depois, estou completamente livre da dor do meu problema cardíaco e posso pedalar muitos quilômetros por semana.

Confie no poder da oração.

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Por: Michael Maxwell

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jun 23, 2021
ENCONTRE jun 23, 2021

Há uma passagem curiosa e intrigante no terceiro capítulo da carta de São Paulo aos romanos, que no contexto da carta parece quase desprezível, mas que provou ser uma pedra angular da teologia moral católica nos últimos dois mil anos. Respondendo a alguns que o questionavam, Paulo diz: “E por que não dizer (como algumas pessoas nos caluniam dizendo que dizemos): ‘Façamos o mal para que o bem venha?’ Sua condenação é merecida” (Rom. 3: 8)! Alguém pode formular a declaração um tanto complicada de Paulo da seguinte forma: nunca devemos fazer o mal para que o bem possa advir.

Há pessoas, verdadeiramente, perversas que parecem ter prazer em fazer o mal para seu próprio bem. Aristóteles os chamou de cruéis ou, em casos extremos, de “instinto maléfico”. Mas, a maioria de nós, quando fazemos coisas ruins, normalmente, encontramos uma justificativa para o nosso comportamento, apelando para um bom objetivo que esperávamos alcançar através de nossa ação. “Eu não estou, realmente, orgulhoso do que eu fiz”, eu poderia dizer para mim mesmo, “mas, pelo menos, isso trouxe algumas consequências positivas.” Entretanto, a Igreja, seguindo as instruções de São Paulo, sempre desaprovou esse modo de pensar, justamente, porque abre a porta ao caos moral. Concomitantemente, reconheceu certos atos – escravidão, adultério, abuso sexual de crianças, assassinato direto de inocentes etc. – como “intrinsecamente maus” – ou seja, incapaz de ser justificado pelo apelo à motivação, circunstâncias atenuantes ou consequências. Até agora, tão óbvio.

Mas esse princípio me veio à mente recentemente, não tanto em relação aos atos morais dos indivíduos, mas às suposições morais que parecem estar guiando grande parte da nossa sociedade. Eu poderia sugerir que uma mudança radical ocorreu em 1995 com o julgamento de O.J. Simpson. Eu acho que é justo dizer que a esmagadora maioria das pessoas sensatas ​​concordaria que Simpson cometeu os terríveis crimes dos quais foi acusado e, ainda assim, ele foi absolvido por nobre júri e apoiado, veementemente, por grandes segmentos de nossa sociedade. Como podemos explicar essa irregularidade? A justificativa de O.J. Simpson foi reconhecida, na opinião de muitos, porque foi visto como contribuindo para a solução do grande problema social do perfil racial e perseguição de afro-americanos pelo departamento de polícia de Los Angeles em particular e por policiais de todo o País em geral. Permitir que um homem culpado se libertasse e permitir que uma injustiça grosseira permanecesse sem solução era, no mínimo, tolerado, porque parecia conduzir a um bem maior.

O O.J. A “simpsonização” de nosso pensamento legal esteve em exibição grosseira muito mais recentemente no triste caso do Cardeal George Pell. Mais uma vez, dada a implausibilidade bárbara das acusações e a completa falta de qualquer evidência corroboradora, pessoas sensatas deveriam concluir que o Cardeal Pell nunca deveria ter sido levado a julgamento, muito menos condenado. No entanto, Pell foi considerado culpado e sentenciado à prisão, e um recurso posterior confirmou a condenação original. Como poderíamos explicar essa desconexão? Muitos, na sociedade australiana, legitimamente, indignados com o abuso de crianças por parte de padres e com o subsequente acobertamento por parte de algumas autoridades eclesiais, sentiram que a prisão do Cardeal Pell de alguma forma abordaria essa questão abrangente. Então, mais uma vez, violando o princípio de Paulo, o mal foi feito para que o bem pudesse advir.

O mesmo problema é evidente em relação à agressão sexual contra mulheres. Atrás da situação de Harvey Weinstein e do subsequente movimento #MeToo, nenhuma pessoa séria duvida que numerosas mulheres tenham sido maltratadas de maneira inconcebível por homens poderosos e que esse abuso seja um câncer no corpo político. Portanto, para resolver bem esse problema, às vezes, os homens são acusados, perseguidos, efetivamente, condenados sem investigação ou julgamento. Para mostrar que não tenho interesse partidário aqui, chamarei a atenção para o tratamento do Juiz Brett Kavanaugh e, nos últimos dias, do ex-vice-presidente Joe Biden. O pensamento parece, novamente, ser que a correção de um erro geral justifica um comportamento, moralmente, irresponsável em casos particulares.

O predomínio desse “consequencialismo” moral em nossa sociedade é, extremamente, perigoso. No momento em que dizemos que o mal pode ser feito em prol do bem, nós, efetivamente, negamos que haja quaisquer atos intrinsecamente malignos, no momento em que fazemos isso, o apoio intelectual ao nosso sistema moral cede automaticamente. Então as fúrias chegam. Um exemplo muito claro desse princípio é o Terror que se seguiu à Revolução Francesa. Como houve (sem dúvida) tremendas injustiças feitas aos pobres pela classe aristocrática na França do século XVIII, qualquer um que se considerasse inimigo da revolução foi, sem distinção ou discriminação, varrido para a guilhotina. Se inocentes morreram ao lado dos culpados, que assim seja – pois serviu para a construção da nova sociedade. Acredito que não é exagero dizer que a sociedade ocidental ainda não se recuperou, completamente, do caos moral que o “consequencialismo” letal da época nos deixou.

Portanto, mesmo que lutemos, legalmente, contra os grandes males sociais de nosso tempo, devemos lembrar o princípio simples, mas perspicaz de Paulo: nunca faça o mal para que o bem possa vir dele.

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Por: Bishop Robert Barron

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nov 19, 2020
ENCONTRE nov 19, 2020

Você é verdadeiramente, perfeitamente, magnificamente … aquele que Deus diz que você é!

Ondas de Desespero

Em 2011, pouco antes das férias de Natal, sofri uma doença misteriosa. Nenhum médico pôde determinar o que era. No dia 23 de dezembro, comecei a ter calafrios e tremer. Eu estava sentindo uma tremenda dor em volta da minha cabeça, pescoço e braços, então fui deitar, acreditando que isso passaria antes do dia de Natal. Mas, isso não aconteceu.

Eu estava na sala de emergência um dia após o Natal chamado de Boxing Day, ainda com muita dor. A dor passou da minha cabeça para meus ombros, desceu para os braços e para minhas pernas. O médico na Emergência pensou que poderia ser Polimialgia Reumática, na qual não há cura. Eles enviaram-me para casa com uma receita de analgésicos e prednisona.

À medida que a semana avançava, minha condição não melhorava e comecei a pensar que não voltaria à sala de aula. Não era apenas a dor física que eu estava enfrentando, eu também estava desesperado e me sentia deprimido regularmente. Eu não podia imaginar como eu viveria com isso pelo resto da minha vida.

Uma Oração Simples

Eu telefonava todos os dias para meu diretor espiritual. Teve um dia que eu disse a ele: “Deve ser isso que aqueles que eu ministro experimentam todos os dias”. Meu ministério como diácono é para aqueles que sofrem de doença mental. Essa aflição me fez lembrar por um momento, internamente, do caminho escuro e difícil que eles têm que percorrer ao longo de suas vidas. Apreciei profundamente a nobreza de suas vidas como compartilhadores dos sofrimentos de Cristo.Meu diretor espiritual pediu que eu orasse: “Em vossas mãos, Senhor, entrego meu espírito. Em vossas mãos, Senhor, entrego meu espírito”. Essas frases fazem parte da oração da noite do livro de liturgia, então eu tenho rezado essa frase há anos, mas quando fazemos certas orações com frequência, não relevamos o seu significado. Eu nunca pensei nessa oração no contexto da minha doença. Então, eu rezei essa oração com maior concentração. Em outras palavras: “Em vossas mãos, Senhor, entrego meu espírito; faça em mim segundo a vossa vontade, se for vossa vontade que eu nunca volte à sala de aula, que assim seja”.Naquela noite, dormi melhor e acordei com uma grande alegria. Eu ainda estava com muita dor, mas a escuridão foi dissipada. Logo depois disso, a dor começou a diminuir e, finalmente, depois que eu fui lentamente diminuindo a prednisona, pude voltar à ensinar por mais 8 anos. Nem meu médico de família, nem nenhum dos especialistas que fui descobriram o meu problema. A última especialista que fui garantiu-me que não era Polimialgia Reumática, embora ela não soubesse o que era, provavelmente apenas algum tipo de vírus.

Experiência no Sofrimento

Ao longo dos anos, olhei para essa experiência como uma grande bênção; um presente. Isso ajudou-me a ver os doentes mentais que visito de uma maneira diferente. Eu experimentei o que eles sofrem todos os dias, ano após ano. Obter um entendimento de sua situação era essencial para fazê-los compania no sofrimento, assim como meu diretor espiritual acompanhou-me durante aquele período difícil. É disso que trata a Encarnação da Segunda Pessoa da Trindade. Deus, o Filho, une a natureza humana a si mesmo e entra na escuridão humana. Ao fazer isso, ele  junta-se ao sofrimento humano.Ele veio para ser a luz em nossa escuridão e a vida em nossa morte, de modo que quando sofremos, não sofremos ou morremos sozinhos. Nós podemos buscá-lo no meio de nosso sofrimento, e da nossa agonia, e o que encontramos é uma misericórdia inesgotável que se une a nós e nos faz companhia em nosso sofrimento e morte.

Descubra o Verdadeiro Amor

A justiça divina foi revelada, na Pessoa de Cristo, como Divina Misericórdia. A misericórdia de Deus é revelada em sua paixão, morte e ressurreição. Embora não o mereçamos, Deus, que é a própria vida eterna, revela a sua misericórdia ilimitada, morrendo na cruz. Através de sua morte ele destrói a permanência, as trevas e o desespero da morte.Ele teria feito isso mesmo se você ou eu fosse a única pessoa que precisasse ser resgatada da morte eterna. Deus não ama a humanidade em geral, ele ama cada pessoa como se houvesse apenas ela para amar. Embora Deus não recebe a nossa atenção em todos os momentos de nossas vidas, cada pessoa tem sua atenção total em todos os instantes de nossa existência. É assim o quanto cada pessoa é amada por Deus. 

Dissolva Seus Medos

Esta vida é para aprender a descobrir esse amor perfeito. Muitos de nós temos medo de ser tocados por esse amor, pois é como o sol aquecendo tudo o que permanece sob seus raios. Ele reduz nossos ressentimentos mais profundos, mas para alguns de nós, essas queixas tornaram-se uma parte essencial de nossa identidade, por isso resistimos a esse amor. O amor perfeito de Deus também dissolverá nossos medos, mas algumas pessoas se apegam a essas apreensões porque sua postura de autodefesa é parte integrante de sua personalidade. Adotar esse amor requer renunciar à total independência para permitir que o Senhor nos guie como seus filhos. Abandonar ressentimentos, medos e total independência, pode nos deixar perdidos, mas é claro que não estamos perdidos. Nós fomos encontrados.A misericórdia de Deus revelada em Cristo – em sua encarnação, paixão, morte e ressurreição – é completamente e totalmente inesperada. Vemos essa Misericórdia na imagem da Cruz, mas precisamos permitir que a imagem de sua misericórdia incompreensível se mova de fora para dentro, de um objeto que contemplamos externamente, para uma luz e amor que conhecemos dentro de nós mesmos. Conseguir isso leva uma vida inteira, mas o dia que começamos a experimentá-la é o dia que começamos a viver.

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Por: Deacon Doug McManaman

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